A espessura da coroide dos olhos aumenta durante os ataques de enxaqueca, o que para uma equipe da Turquia explicaria a relação da doença com o glaucoma.
"A enxaqueca é um fator de risco conhecido do glaucoma e observamos mudanças distintivas na camada vascular (coroide) do olho durante os ataques de enxaqueca em nosso estudo", indicou por correio eletrônico o doutor Zeynep Dadaci.
"Nossos resultados assinalam a 'teoria vascular' como uma causa do glaucoma", acrescentou.
No British Journal of Ophthalmology, a equipe de Dadaci, da Faculdade de Medicina da Universidade de Mevlana, Konya, publica que a enxaqueca é considerada um transtorno neurovascular.
O glaucoma primário de ângulo aberto também tem características de uma desregulação vascular, o que junto com outros fatores sugere que existiria uma relação entre ambas as doenças.
A equipe estudou 58 olhos de 29 pacientes com enxaqueca, com ou sem aura, diagnosticada. Foi utilizada uma tomografia de coerência óptica com o protocolo de profundidade de imagem melhorada durante o nível máximo do ataque de enxaqueca e durante um período sem dor de cabeça.
Nos pacientes com dores de cabeça unilaterais, a espessura da coroide aumentava significativamente durante os ataques, mas só no olho do lado da dor. Na fóvea, a espessura da coroide média era de 373,45 mcm sem dor e de 408,80 mcm durante os ataques.
As determinações da espessura da coroide nos olhos direito e esquerdo foram compararadas separadamente nos pacientes com dores de cabeça bilaterais. Durante os ataques de enxaqueca foi registrado um aumento significativo da espessura em cinco dos sete pontos avaliados nos olhos direitos e nos sete pontos dos olhos esquerdos.
"Nossos resultados são valiosos para compreender a patofisiologia da enxaqueca e sua relação com o glaucoma, já que os olhos e as meninges estão inervados pelo nervo trigêmeo", asseguram os autores.
"Estudos maiores sobre as estruturas neurovasculares dos olhos dos pacientes com enxaqueca proporcionaram mais informação sobre a patogênese da enxaqueca e a associação entre a enxaqueca e o glaucoma", adicionaram.
Dadaci adicionou que os resultados "influiriam no enfoque terapêutico futuro do glaucoma, ao ocupar-se, por exemplo, de orientar os tratamentos aos fatores vasculares ou à inflamação, além de reduzir a pressão intraocular".
Fonte: Reuters
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