FASCEÍTE NECROTIZANTE
Sinonímia – gangrena estreptocócica hemolítica ou aguda, erisipela necrotizante, gangrena hospitalar
Clínica
É uma infecção invasiva com extensa necrose da fáscia superficial, com difusão dos tecidos circunjacentes, causada habitualmente por patógenos múltiplos (estreptococos, estafilococus, bactéria anaeróbias...), provocando trombose dos vasos que transitam entre a pele e a circulação profunda,produzindo necrose cutânea com toxicidade sistêmica extensa.
Etiologia
Geralmente é uma infecção causada por uma associação de bactérias. No tipo I há a presença de bactéria anaeróbia, isoladamente ou em conjunto com estreptococo, ou enterobactéria – no tipo II o estreptococo do grupo A é identificado, sozinho ou associado a outras bactérias (Staphylococcus aureus é o mais usual)
Evolução
Geralmente inicia em área localizada, secundário a traumatismos mínimos, como abrasões, cortes, contusões, furúnculos, ferimentos puntiformes penetrantes, picadas de insetos nas extremidades, úlceras de perna. O diabetes, vasculopatias, cirrose, uso de corticoesteróides, são fatores agravantes.
A infecção dissemina-se ao longo da aponeurose. A pele desvasculariza-se. Surgem vesículas hemorrágicas, há celulite, edema, pele vermelho pálida, bolhas e flictenas sem bordos distintas. As áreas pálidas evoluem para púrpura, surge exsudato serosanguinolento a fáscia apresenta-se edemaciada, tensa, cinzento-escura e necrótica com extenso enfraquecimento. A pele pode ter crepitação, ou anestesiada.
O quadro tem evolução muito rápida, em 1 à 4 dias há evidente agravamento; pode afetar qualquer área corporal, porém os membros inferiores tem uma predileção evidente. Geralmente há febre persistente. O quadro comumente associa-se a anemia, decorrente de hemólise.
Diagnóstico diferencial
Com: celulite, abcesso localizado, flebite, miosite, gangrena vascular, celulite por clostridium
Tratamento
A – Cirúrgico – Deve ser realizada precocemente com amplo debridamento e exposição tecidual, realizada com sob anestesia geral, ou raquidiana. Retirar todo o tecido desvitalizado e lavagem abundante com água oxigenada + álcool iodado
B – Clínico – Meios complementares para melhorar a circulação regional; antibioticoterapia efetiva auxiliado por baciloscopia, cultura, ou hemocultura; Penicilina Cristalina EV ,Cefalosporina, associado a aminoglicosídeo
Fonte: http://drtavares.com/orientacoes/fasceite-necrotizante.php
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