Assistência de Enfermagem ao RN
1 Assistência de Enfermagem ao RN
• Cuidados Essenciais • Responsabilidades da enfermagem
• Assistência mediata
• Assistência Imediata
• Exame Físico
1. CUIDADOS ESSENCIAIS
• No período pós-parto RN apresenta alterações biofisiológicas e comportamentais complexas, resultantes da vida extra-uterina;
• As primeiras horas pós-parto representam um período de ajustamento fundamental para o
RN. Na maioria dos hospitais a enfermeira presta cuidados ao RN imediatamente após o parto;
• Depois do período de transição, o bebê é avaliado em intervalos periódicos, tendo ajustado o plano de cuidados de acordo com o aparecimento dos achados;
• Deve-se manter o equilíbrio entre as necessidades familiares de privacidade e a necessidade de monitorar a transição do RN à vida extra-uterina;
METAS DOS CUIDADOS COM O RN Período inicial pós-parto:
• Manter via aérea pérvia e o suporte as respirações; • Manter o aquecimento e prevenir a hipotermia;
• Garantir ambiente seguro e prevenir contra acidentes ou infecção;
• Identificar problemas atuais ou potenciais que possam requerer atenção imediata;
Cuidados contínuos:
• Continuar protegendo contra acidentes ou infecção e identificando problemas atuais ou potenciais que possam requerer atenção;
• Facilitar o desenvolvimento de um relacionamento íntimo pais-RN;
• Fornecer informações aos pais sobre os cuidados que devem ter;
• Assistir os pais no desenvolvimento de atitudes saudáveis sobre as práticas de maternagem.
FATORES QUE INTERFEREM NA ADAPTAÇÃO DO RN • As experiências pré-parto da mãe e do RN;
• Experiências da mãe e do RN no intraparto;
• Capacidade fisiológica do RN de fazer a transição à vida extra-uterina;
• Habilidade dos profissionais de saúde para avaliar e responder adequadamente em caso de problemas.
RESPONSABILIDADES DA ENFERMAGEM • Dar apoio a adaptação do RN à vida extra-uterina;
• Prevenir ou minimizar complicações potenciais;
• Facilitar a interação pais-RN. •
• É prestada logo após o nascimento, ou seja, nas duas primeiras horas que se seguem após o parto;
• Também é conhecida como admissão do RN;
• Realizada no Centro Obstétrico.
• O incentivo precoce a formação do vínculo familiar • Amamentação precoce
• RECEBER O RN (luvas) – RN envolto por secreções corporais, principalmente liquido amniótico e vérnix caseoso e, eventualmente, sangue.
• SECAR E AQUECER O RN - berço aquecido e utilizar compressa macia para retirar o excesso de líquido amniótico que envolve o RN. Minimiza o choque térmico e restringem as perdas de calor (evaporação).
• ASPIRAR O RN – Contribui para a boa ventilação do RN. trendelemburg e decúbito lateral - Impede que: o muco, liquido amniótico, coágulos sanguíneos, mecônio penetrem nas vias respiratórias baixas, provocando obstruções graves. Afasta a possibilidade atresia de esôfago e coanas.
• VERIFICAR A TEMPERATURA RETAL – temperatura central do organismo do RN. Afasta a possibilidade de ânus imperfurado
• CREDEIZAR - profilaxia da oftalmia gonocócica. 1gta de nitrato de prata a 1% em cada olho;
Profilaxia da vulvovaginite gonococica 1gta na genitália feminina
LIMPEZA OCULAR: Conjuntivite química - irritação periocular
Cuidados com o frasco de nitrato de prata 1%
Prazo de Validade; O frasco depois de violado, deve ser trocado diariamente, pois a evaporação do diluente aumenta a concetração acentuando a ação caustica; A solução é límpida e transparente (senão descartar); Contaminação do conta-gotas
PIG – pequeno para idade gestacional AID – adequado para a idade gestacional GIG- grande para a idade gestacional RN despido e balança tarada.
• VERIFICAR PERÍMETROS E ALTURA DO RN – comparar o crescimento.
PC 3,5 é 2 a 3cm maior que o PT identifica-se a falha de crescimento cerebral ou hidrocefalia PT 30,5 a 33cm Estatura 48 a 53cm
Variações de 5 ou mais cm exigem avaliação + detalhada • Avaliar o coto umbilical e realizar curativo
Detectar anomalias do RN ( normalidade 2 artérias 1 veia) a presença de apenas uma artéria pode denunciar malformações como agenesia renal e problemas cardíacos congênitos.
promoção da mumificação do coto | (RH da mãe positivo) |
RN em boas condições receberão cuidados visando anti-sepsia (álcool a 70%) 3x/dia para a
RN de médio e alto risco (mãe RH negativo ou diabéticas) até que não apresentem mais riscos, terão o coto umbilical umidificado com solução fisiológica manter os vasos umbilicais permeáveis, caso haja necessidade de cateterização
Medida: cerca de 55cm (variar 30 a 100cm) Diâmetro: 1 a 2,5 cm Úmido, Esbranquiçado, Leitoso, Aspecto retorcido e espiralado, Recoberto pela geléia de Wharton
Nunca cortar o cordão em direção ao abdômen da criança.
6 ONFALITE
• Eritema e edema da região umbilical com ou sem saída de secreção, por bactérias do canal de parto, hospitalares ou domiciliares • Complica com disseminação hematogênica até fígado ou peritônio
• Tratamento local ou com antibiótico endovenoso
• Epitelização incompleta sobre o anel, com secreção seropurulenta • Tratamento com cauterização química com nitrato de prata bastão
• Falha do fechamento do anel umbilical, vista como protusão do umbigo mais evidente ao choro, tosse ou esforço
• RN baixo-peso acometendo 80 % dos RN < 1200g
• Fechamento espontâneo até os 3 anos • Cirurgia se não fechou até 4-5 ano
Utilização da impressão plantar do RN; digital da mãe; Bracelete de punho ou tornozelo (nome da mãe, sexo da cç, data e hora do parto, número do quarto ou do registro)
Parto múltiplo: usar a identificação I, I, II, IV, |
• MINISTRAR 1MG DE VITAMINA K (KANAKION)
IM – objetivo evitar a deficiência passageira na coagulação sanguínea Prevenir a doença hemorrágica neonatal
Local: Hoschstetter ou reto femural - o músculo vasto lateral é contra-indicado, por ter a possibilidade de causar contratura do quadríceps femural.
Objetivo livrar o RN do perigo de aspiração de mucosidades e líquidos do parto. estas secreções, quando abundantes pode causar vômitos e regurgitações.
Materiais: Sonda de aspiração (6-8), Seringa de 20ml, AD (copo).
Evoluir no prontuário Registrar no livro da sala de parto Preencher a DN Caderneta de saúde da criança
• REALIZAR O APGAR Criado por uma anestesista inglesa Virgínia Apgar, na década de 50.
É o método mais comumente empregado para avaliar o ajuste imediato do recém-nascido à vida extra-uterina, avaliando suas condições de vitalidade. Consiste na avaliação de 5 itens do exame físico do recém-nascido, com 1, e 5 minutos de vida
8 a 10 presente em cerca de 90% dos recém-nascidos significa que o bebê nasceu em ótimas condições. 7 significa que o bebê teve uma dificuldade leve. 4 a 6, traduz uma dificuldade de grau moderado, 0 a 3 uma dificuldade de ordem grave. Se estas dificuldades persistirem durante alguns minutos sem tratamento, pode levar a alterações metabólicas no organismo do bebê gerando uma situação potencialmente perigosa, a chamada anóxia neonatal
Escore de APGAR
0 | 1 2 |
Freq. cardíaca Ausente < 100 > 100
Respiração Ausente Irregular superficial Choro forte
Tônus muscular
Flácido Atonia/hipotonia
Ligeira flexão extremidades
Movimentos ativos
Irritabilidade reflexa
Sem resposta Careta Tosse, espirro, choro
Cor da pele Cianose pálidez Corpo róseo, ext. azuis rósea
• Após as 2 primeiras horas de vida o RN deverá receber:
Higiene corporal;
Exame físico completo; Avaliação dos reflexos
Tônus muscular Atividade espontânea Postura e fácies Tiragens Estridores Gemidos Característica do choro Vômitos e regurgitação Sangramentos Convulsões Eliminação de mecônio e urina Distensão abdominal Sopros cardíacos
Características da pele do RN
Lanugem - pelos finos e felpudos que recobre, todo o corpo e desaparecem após o primeiro mês de vida.
Vérnix Caseoso - substância gordurosa e esbranquiçada que recobre o corpo para proteção da pele.
Milium sebáceo - pequenos pontos de acúmulo de gordura na pele localizados na face.
Manchas Mongólicas - manchas azuladas que aparecem geralmente na região glútea, podendo diminuir ou perdurar por toda a vida
Coloração de Arlequim – Presença de alteração temporária da coloração da pele de recém natos, benigna, onde uma metade do corpo fica avermelhada e outra metade clara, com demarcação visível dos limites da coloração.
Hemangiomas Acrocianose Máscara equimótica
10 Créditos à:
Queli Lisiane Castro Pereira
Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal de Pelotas (2004) e Mestrado em enfermagem pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (2007). Professora Assistente da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e Coordenadora da Graduação de Enfermagem do Centro Universitário do Araguaia/Barra do Garças-MT. Membro do núcleo de estudo e pesquisa Gerenciamento Ecossitêmico em Enfermagem e Saúde - GEES da FURG. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Saúde da Mulher, Saúde Pública e Saúde Mental.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAhE4AG/assistencia-enfermagem-ao-rn
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