Acromegalia é disfunção
hormonal rara e de difícil diagnóstico
A
acromegalia é uma condição rara, mas que causa uma série de complicações de
saúde e bem-estar. A doença surge aos poucos, debilitando e desfigurando
fisicamente aqueles que sofrem dela. “Se não for controlada adequadamente, leva
a complicações cardiovasculares, respiratórias, metabólicas e neoplásicas
(ligadas a cânceres)”, alerta o endocrinologista Leonardo Vieira Neto, do
departamento de Neuroendocrinologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia (SBEM).
O
especialista cita, entre as consequências diretas da acromegalia: alterações
(normalmente, grande crescimento) no crânio, no rosto, no couro cabeludo, nos
lábios, na língua, na articulação da mandíbula e nos dentes, bem como nas
extremidades (mãos e pés).
Se o
problema ocorre em crianças, fica caracterizada a forma provavelmente mais
conhecida da acromegalia: o gigantismo. “Há aumento da velocidade de
crescimento e desenvolvimento de alta estatura. Essas pessoas estão sob o mesmo
risco que os pacientes adultos”, observa o endocrinologista.
Taxa de mortalidade é três vezes maior para quem sofre de acromegalia
Para
entender como a acromegalia é causada, é importante saber sobre o hormônio do
crescimento (GH). Liberada na corrente sanguínea pela hipófise, glândula que
fica na base do crânio, a substância é importante para o desenvolvimento e o
crescimento, no caso de crianças, e atua nos níveis de energia e na força dos
músculos, além de manter a boa saúde dos ossos, para os adultos.
Quando o
GH é produzido em excesso, há também a superprodução de outro hormônio, o fator
de crescimento insulina-símile (IGF-1) e, assim, ocorre a acromegalia. “Em 98%
dos casos, a doença é causada por um tumor benigno na hipófise. Outros tumores,
localizados fora da glândula, são responsáveis pelo restante das ocorrências”,
diz o endocrinologista.
O
especialista explica que a doença acontece com ambos os sexos e é mais comum na
faixa etária de 30 a 50. Para mostrar o quanto a acromegalia é rara, o médico
cita estudos feitos na Europa que apontam que o problema ocorre, de modo geral,
em uma base de 40 a 70 casos por milhão de habitantes. “Em um ano, três a
quatro pessoas sofrem com a doença, dentro de um universo de um milhão de
habitantes”, afirma Neto.
“Dessa
forma, estima-se que, no Brasil, existam cerca de 540 a 720 novos casos de
acromegalia diagnosticados anualmente (base para o cálculo: 180 milhões de
habitantes), totalizando aproximadamente 10 mil casos”, completa o
endocrinologista da SBEM.
A
acromegalia também tem outro agravante: “pacientes com esta desordem apresentam
taxa de mortalidade cerca de três vezes mais alta do que indivíduos da
população geral com mesmo sexo e idade”, afirma o especialista.
Diagnóstico difícil pode fazer com que acromegalia leve anos para ser
detectada
A
acromegalia é uma doença que desfigura e tem características marcantes. Mesmo
assim, de acordo com o endocrinologista, em muitos casos, o diagnóstico não é
feito. “Pelo fato de a doença surgir aos poucos e pelo desconhecimento da
população sobre características da acromegalia, o diagnóstico é freqüentemente
realizado com significativo atraso, ou seja, oito a dez anos após o
aparecimento dos primeiros sinais e sintomas”, alerta o especialista.
O médico
explica que a acromegalia é detectada por meio de exames em laboratório,
ressonância magnética e tomografia computadorizada. “É, também, fundamental que
seja feito um tratamento efetivo e seguro. Na maioria das vezes, é necessário
um trabalho que envolva a participação de endocrinologistas, neurocirurgiões e
radioterapeutas”, afirma Neto.
A
cirurgia, de acordo com o endocrinologista, é a primeira opção de tratamento
para a doença. “No entanto, como cerca de 70% dos pacientes apresentam tumor
maior do que 1 cm, boa parte dessas pessoas não obtém cura com a operação. Para
elas, é necessária uma terapia complementar com o objetivo de controlar a
doença. O tratamento com medicamentos é, na maioria dos casos, a segunda opção
para tratar a acromegalia”, explica o especialista.
No caso
de tumores que não podem ser curados por meio da cirurgia ou de medicamentos, é
indicada a terceira opção de tratamento para a acromegalia: a radioterapia.
Quem sofre de acromegalia precisa lidar também com preconceito
Não
bastassem as complicações próprias da doença, as pessoas que sofrem de
acromegalia ainda precisam lidar com o preconceito. “Por ser uma doença crônica
e desfigurante, há um impacto muito negativo em relação à qualidade de vida
desses pacientes. Desta forma, eles tendem ao isolamento social, ansiedade e
até depressão, que comprometem a vida pessoal e profissional”, afirma o
endocrinologista Leonardo Vieira Neto.
A situação se torna mais
complicada pelo fato de não haver métodos de prevenção. ”Assim, a melhor
estratégia seria a conscientização da população e dos médicos sobre a
acromegalia, por meio da sua divulgação, com o objetivo de não haver atraso no
diagnóstico. Desse modo, seria possível minimizar o aparecimento das
complicações associadas à doença”, conclui o especialista.
Fonte: http://www.pfizer.com.br/noticias/Acromegalia-%C3%A9-disfun%C3%A7%C3%A3o-hormonal-rara-e-de-dif%C3%ADcil-diagn%C3%B3stico
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