domingo, 12 de outubro de 2014

Modalidades terapêuticas para reduzir a dor do herpes zoster

HERPES ZOSTER

O que é?
É uma doença decorrente da reativação do vírus da varicela (vírus varicela-zoster) em latência, que afeta adultos e pacientes com a imunidade comprometida.
Como se desenvolve ou se adquire?
Causas diversas podem ocasionar uma reativação do vírus, causando a erupção do herpes zoster.
Não existem evidências de que uma pessoa possa desenvolver herpes zoster como resultado do contato com paciente com varicela ou herpes zoster. Mas o contato direto com as lesões cutâneas pode resultar na transmissão de varicela a uma pessoa suscetível.
Em geral, não há recorrência do quadro de herpes zoster; apenas 5% dos pacientes podem ter recorrência, usualmente no mesmo local.
Qualquer pessoa que tenha tido varicela é suscetível de ter herpes. Em geral são adultos com mais de 50 anos e a incidência aumenta com a idade avançada. Também é mais comum em pessoas com doenças que alterem sua imunidade, como já descrito.
O que se sente?
Antecedendo as lesões de pele, os pacientes referem muitas vezes mal-estar, dor de cabeça, febre, dores nevrálgicas (nos nervos), perda de sensibilidade, ardência e coceira locais. A lesão típica é uma vesícula (bolha pequena) sobre uma base avermelhada na pele, em geral em grupos coalescentes.
Surgem de modo gradual, levando 2 a 4 dias para se estabelecerem. Quando não ocorre infecção secundária por bactérias, as vesículas "secam" formando crostas e o quadro evolui para a cura em 2 a 4 semanas. As regiões mais comprometidas são a torácica, cervical (pescoço), trigêmeo (face), e lombo-sacra (cintura para baixo).
Em pacientes com imunidade alterada podem surgir em localização atípica e se disseminar.
A erupção é unilateral, raramente ultrapassando a linha média, seguindo o trajeto de um nervo.
A dor é bastante intensa, não é rara durante a erupção de pele, embora geralmente diminua nos pacientes com menos de 50 anos e à medida que a doença melhora.
Em pacientes com mais de 50 anos, a dor pode persistir depois de curadas as lesões de pele - é a chamada nevralgia pós-herpética. A nevralgia pode ser uma seqüela a longo prazo, ocorrendo em 10 a 15% dos pacientes, aumentando com a idade. Na maioria das vezes se resolve espontaneamente dentro dos primeiros 12 meses, mas pode persistir por anos. A dor é com freqüência intensa e debilitante. Pode se manifestar com combinações de coceira, ardência com perda de sensibilidade local e dores intensas súbitas e agudas. Um leve toque no local pode induzir a um desconforto acentuado.
Como se faz o diagnóstico?
O aspecto das lesões é típico, em geral, para o diagnóstico de herpes zoster.
Existe um exame de coleta do material da base da vesícula (bolha pequena) que é inespecífico, sendo os mesmos achados para a varicela, herpes simples e zoster.
Como se trata?
As medidas sintomáticas auxiliam e são muito eficientes, principalmente, no alívio da dor.
A terapia antiviral, em infecções não complicadas, acelera a cicatrização, reduzindo o número e dias de desenvolvimento de lesões novas e aliviando a dor do zoster. A terapia antiviral é útil se iniciada dentro das primeiras 72 horas depois do início das lesões de pele e pode ser de muita importância nos pacientes com mais de 50 anos ou imunocomprometidos.
Como se previne?
Estudos recentes e amplos têm demonstrado a utilidade da vacina contra Varicela na redução das complicações do herpes zoster e da neuralgia posherpética, principalmente em pessoas de idade avançada (maiores de 60 anos).A vacina contra varicela é recomendada de rotina na infância. Ela também pode ser recomendada para adultos que nunca tenham contraído Varicela.


Fonte: http://www.abcdasaude.com.br/dermatologia/herpes-zoster




 Pegando o gancho da semana passada sobre o combate a AIDS, não podemos nos esquecer do combate à dor causada pelas “doenças oportunistas” que se aproveitam do sistema imunológico enfraquecido do paciente para atacar.
É grande a probabilidade de tal paciente imunodeprimido demorar mais para se recuperar de uma dessas doenças do que uma pessoa com sistema imunológico saudável.
Diferentes doenças ocorrem em diferentes estágios da AIDS, mas é essencial prevení-las e tratá-las, com ou sem uso de medicamento anti-retroviral, pois podem acabar sendo letais.
Hoje nosso tema será uma dessas doenças – o Herpes zoster.
Herpes zoster
Doença infecciosa de origem viral, também conhecido como “cobreiro” ou “zona”, causada devida à reativação do vírus da varicela (catapora).

Depois de um quadro de varicela, o vírus permanece nos gânglios da raiz dorsal para onde migra vindo das lesões cutâneas através dos nervos sensoriais. Quando é reativado, volta para a pele através dos nervos sensoriais, e ocasionalmente, pelo nervo trigêmeo para a região da face.
Causa dor e lesões cutâneas, ou seja, lesões de pele.

A incidência de herpes zoster é até 15 vezes maior em pacientes com AIDS do que em pessoas não-infectadas e até 25% dos pacientes com linfoma de Hodgkins desenvolvem a doença.
A incidência de herpes zoster aumenta com o avanço da idade, aproximadamente dobrando em cada década depois dos 50 anos. É incomum em pessoas com menos de 15 anos.
Complicações
Em torno de 20% dos pacientes com herpes zoster desenvolvem a neuralgia pós-herpética. Esta é uma sequela que pode durar a vida inteira depois de curadas as lesões de pele, e ocorre entre pacientes com mais de 50 anos, ou entre os imunocomprometidos.²,³
Tratar bem da doença na fase aguda é de suma importância para que evitemos a neuralgia pós-herpética.
Sinais e sintomas
Antecedendo as lesões de pele, os pacientes referem muitas vezes mal-estar, dor de cabeça, febre, dores neurálgicas (nos nervos), perda de sensibilidade, ardência e coceira locais. A lesão típica é uma vesícula (bolha pequena) sobre uma base avermelhada na pele, em geral em grupos coalescentes. (Veja foto. Imagem forte. Clique aqui para visualizar.)
Surgem de modo gradual, levando 2 a 4 dias para se estabelecerem. Quando não ocorre infecção secundária por bactérias, as vesículas “secam” formando crostas e o quadro evolui para a cura em 2 a 4 semanas. As regiões mais comprometidas são a torácica, cervical (pescoço), trigêmeo (face), e lombo-sacra (cintura para baixo).
Em pacientes com imunidade alterada podem surgir em localização atípica e se disseminar.
A erupção é unilateral, raramente ultrapassando a linha média, seguindo o trajeto de um nervo.
As dores são intensas súbitas e agudas. Um leve toque no local pode induzir a um desconforto acentuado. A dor causada pelo Herpes zoster (HZ) pode ser muito intensa e debilitante, podendo persistir durante anos.*
As lesões e a dor também podem afetar o sono da pessoa, acarretando perda de qualidade de vida.
Tratamentos
Educação ao paciente.
Todo paciente deve ser informado do risco da transmissão do vírus Varicela-zoster para pessoas que nunca tiveram catapora (varicela). A região das lesões deve ser mantido limpa e seca para reduzir o risco de infecção secundária por bactérias.
A escolha de modalidade de tratamento dependerá da severidade da dor do paciente, comorbidades e reação a medicamentos específicos.
Dor aguda HZ
o    Estudos randomizados, duplo cego e com placebo, demonstraram a eficácia do opióide oral oxicodona e o anti-convulsivante gabapentina, assim como analgésicos tópicos como capsaicina (creme) e lidocaína (adesivo), em reduzir a dor aguda HZ. (4)                                                                       (Alerta: os medicamentos mencionados aqui somente deverão ser utilizados mediante prescrição médica, de preferência, por um médico de dor em um centro onde é praticado a medicina baseada em evidências.)
o    Antivirais e corticóides
Tratamentos intervencionistas
o    As injeções epidurais e infusões intratecais, assim como a neuromodulação, são as opções de tratamentos minimamente invasivos.(5)
o    Há evidência limitada que os bloqueios simpáticos e regionais realizados nos estágios iniciais da doença ajudam a prevenir a progressão para a dor pós-herpética; precisa de estudos maiores. Isto ocorre pelo encurtamento da duração da dor, diminuição dos danos isquêmicos e restrição da inflamação cutânea neurogênica.
De forma geral a dor de Herpes zoster tratada nos estágios iniciais evita maiores complicações e reduz a dor intensa causada pela condição, melhorando a qualidade de vida.
Abraços e até a próxima!
Revisado em 28/05/2013
Referências
¹Donahue, JG, Choo, PW, Manson, JE, Platt, R. The incidence of herpes zoster. Arch Intern Med. 1995;155:1605–9.
²Alliegro, MB, Dorrucci, M, Pezzotti, P, Rezza, G, Sinicco, A, Barbanera, M, et al. Herpes zoster and progression to AIDS in a cohort of individuals who seroconverted to human immunodeficiency virus. Italian HIV Seroconversion Study. Clin Infect Dis. 1996;23:990–5.
³Smith JB, Fenske NA. Herpes zoster and internal malignancy. South Med J. 1995;88:1089–92
4[Best Evidence] Dworkin RH, Barbano RL, Tyring SK, Betts RF, McDermott MP, Pennella-Vaughan J, et al. A randomized, placebo-controlled trial of oxycodone and of gabapentin for acute pain in herpes zoster.Pain. Apr 2009;142(3):209-17.
5Raj, PP. Epidural infusion and patient-controlled epidural analgesia. In: Pain Medicine: A Comprehensive Review. St. Louis, Mo: Mosby Yearbook Inc. 1996:272-278


Fonte: http://www.mundosemdor.com.br/modalidades-terapeuticas-reducao-dor-herpes-zoster/


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