O QUE É SÍNDROME DE CONGESTÃO PÉLVICA?
Pelo menos 1/3 das mulheres com idade reprodutiva são afetadas por esse problema cuja origem, na maioria das vezes é incerta.
O QUE É SÍNDROME DE CONGESTÃO PÉLVICA?
A dor pélvica crônica é definida como uma dor da região superior da pelve, popularmente conhecida como ?pé da barriga? com 6 meses de duração. Esta é uma situação muito comum e representa um problema para a saúde da mulher.
Pelo menos 1/3 das mulheres com idade reprodutiva são afetadas por esse problema cuja origem, na maioria das vezes é incerta.
A Síndrome de congestão pélvica tem sido reconhecida como uma causa freqüente de dor pélvica crônica e é provocada pelo fluxo de sangue retrógrado nas veias gonadais que se apresentam incompetentes e se dilatam formando verdadeiras varizes na região do abdome e pelve.
As veias gonadais (ovarianas) levam sangue dos ovários para o coração; mas essa tarefa é feita contra a gravidade e por isso as veias costumam ter um mecanismo valvular que impede que o sangue fique retido dentro da veia.
Com o passar do tempo e principalmente nas mulheres que passam por situações onde aumenta a pressão intra-abdominal como é o caso da gravidez, esse sistema valvular fica insuficiente e o sangue começa a ficar retido dentro das veias e se formam as varizes.
Por isso a congestão pélvica é mais comum nas mulheres que tiveram várias gestações.
Os sintomas clássicos incluem graus diversos de dor de pélvica e lombar que se agrava quando a paciente está de pé ou ao se exercitar, e por isso é mais intensa no final do dia. Muito comumente a dor piora com a relação sexual.
COMO FAZER O DIAGNÓSTICO?
O exame clínico da pelve é ineficiente para reconhecer as varizes pélvicas.
O método diagnóstico inicial é o ultra-som transvaginal com Doppler.
O ultra-som com Doppler permite identificar a presença de veias dilatadas e refluxo anômalo quando aumenta a pressão intra-abdominal.
QUAL A MELHOR FORMA DE TRATAMENTO?
» A embolização é uma forma de tratamento muito simples, eficiente e segura. É um procedimento realizado com anestesia local.
» O objetivo da embolização é acabar com a carga de pressão no interior da veia gonadal, que é transmitida para as veias da pelve e varizes. Esse objetivo é atingido pela oclusão da veia gonadal.
» O procedimento de embolização é precedido de um estudo das veias gonadais chamado venografia por cateter que permite mapear e determinar as características das veias e colaterais.
» Este cateterismo pode ser realizado através de uma punção na virilha, no pescoço ou no braço.
» Depois de comprovado o refluxo o cateter é colocado dentro das veias gonadais para proceder com a sua oclusão.
» A embolização se realiza mediante a injeção de dispositivos metálicos denominados coils ou de substâncias esclerosantes ou adesivas.
» O procedimento de embolização é muito bem tolerado. As pacientes referem uma dor discreta nas primeiras 24/48hs que é facilmente controlada com analgésicos comuns e antiinflamatórios orais.
» A maioria das pacientes consegue retomar as suas atividades depois de dois ou três dias.
CONCLUSÃO:
Mulheres com dor em baixo ventre que piora com a relação sexual podem ter a síndrome da congestão venosa pélvica, não deixem de procurar seu ginecologista e de consultar um angiologista/ cirurgião vascular, pois o tratamento é minimamente invasivo e com alta taxa de resolução.
Fonte: http://www.institutonovacampinas.com.br/site/novidades/?id_noticia=52
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