quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Velhice ou Carência de Vitamina B 12?

Velhice ou carência de Vitamina B12?



Está tão claro e cientificamente adequado que posto na íntegra esta brilhante matéria do The New York Times, recomendando a leitura por todos.

Afinal, reflitamos: Precisamos mesmo de tantos remédios na vida?

Velhice ou carência de Vitamina B12?

"Ilsa Katz tinha 85 anos quando sua filha, Vivian Atkins, começou a notar que ela estava ficando cada vez mais confusa.

"Ela não conseguia lembrar nomes, onde ela havia estado ou o que tinha feito no mesmo dia", lembra-se Atkins, em uma entrevista. "À princípio, não fiquei muito preocupada. Pensei que fosse um processo normal de envelhecimento. Mas com o passar do tempo, a confusão e os problemas de memória se tornaram mais graves e frequentes."

Sua mãe não conseguia lembrar os nomes de parentes próximos, ou em que dia estavam. Ela achava que precisava ir trabalhar ou ir ao centro da cidade, mas não era o caso. E ela ficava muito agitada.

Um exame em uma clínica de memória resultou em um diagnóstico de estágio inicial de Alzheimer, e os médicos prescreveram Donepezil, que Atkins afirma só ter piorado a situação. Mas a clínica também testou o nível de vitamina B12 no sangue de Katz. Estava muito abaixo do normal, e seu médico achou que isso poderia estar contribuindo para os seus sintomas.

Injeções semanais de B12 começaram a ser administradas.

"Logo depois, sua agitação diminuiu, ela se tornou menos confusa e sua memória melhorou muito", disse Atkins. "Senti que minha mãe havia voltado para mim, e ela também está se sentindo bem melhor."

Hoje com 87 anos, Katz ainda vive sozinha em Manhattan e se sente bem o bastante para recusar ajuda externa.

Mesmo assim, sua filha se pergunta, “Por que será que os níveis de B12 não são conferidos rotineiramente, especialmente em pessoas mais velhas?"

Essa é uma pergunta importante. Ao envelhecermos, nossa capacidade de absorver a vitamina B12 dos alimentos diminui, e geralmente nosso consumo de alimentos ricos nessa vitamina também se reduz. Uma deficiência de B12 pode surgir de repente e causar muitos sintomas confusos, que muitas vezes levam a diagnósticos errados ou são atribuídos simplesmente ao envelhecimento.

Um nutriente vital

A B12 é uma vitamina essencial que atua em várias partes do corpo. Ela é necessária para o desenvolvimento e a manutenção de um sistema nervoso saudável, a produção de DNA e a formação de hemácias.

Uma deficiência grave de B12 pode resultar em anemia, que pode ser detectada em um exame de sangue normal. Mas os sintomas menos dramáticos de uma deficiência de B12 incluem fraqueza muscular, fadiga, tremores, desequilíbrio, incontinência, pressão baixa, depressão e outros problemas de humor, e problemas cognitivos, como memória fraca.

Os laboratórios têm padrões diferentes sobre o que consideram normal, mas a maioria das autoridades no assunto afirma que a deficiência ocorre quando os níveis de B12 em um adulto estão abaixo de 250 picogramas por mililitro de soro. Como todas as vitaminas B, a B12 é solúvel em água, mas o corpo armazena excedentes de B12 no fígado e em outros tecidos. Mas, mesmo que as fontes alimentares sejam inadequadas por um período, a deficiência no soro pode demorar anos para aparecer.

Se a quantidade de B12 armazenada já é baixa, a deficiência pode se desenvolver em um ano, ou até menos em crianças.

As quantidades recomendadas de ingestão de B12 variam: 2,4 microgramas diários para maiores de 14 anos, 2,6 microgramas para mulheres grávidas e 2,8 microgramas para mulheres que estejam amamentando. A não ser em circunstâncias que impeçam a absorção de B12, esses níveis podem ser facilmente atingidos através de uma dieta balanceada que contenha proteína animal.

Em sua forma natural, a B12 está presente em níveis significativos apenas em alimentos derivados de animais, e em maior quantidade em fígado (83 microgramas em uma porção de 99 gramas). Entre as boas fontes estão outras carnes vermelhas, perus, peixes e crustáceos. Há menos vitamina em laticínios, ovos e frangos.

Quem corre risco?

Fontes naturais vegetais são, no mínimo, pobres em B12, e a vitamina delas não é facilmente absorvida. Muitos vegetarianos estritos e todos os veganos, além dos bebês amamentados por eles, devem consumir suplementos ou cereais fortificados para obter níveis adequados.

Certos organismos, como a bactéria espirulina e certas algas, contêm uma pseudo-B12 que o corpo não consegue utilizar, mas que pode resultar em leituras falsas de um nível de B12 normal em exames de sangue. Apesar do que afirmam certas pessoas, a erva-patinha, uma alga, e a grama de cevada não são fontes confiáveis de B12.

Em alimentos de origem animal, a B12 se combina com proteínas e deve ser liberada por ácidos estomacais e uma enzima para que possa ser absorvida. Portanto, usuários crônicos de drogas supressoras de ácido, como o omeprazol, o lansoprazol e o esomeprazol, além de medicamentos contra úlcera, como a famotidina e a cimetidina, correm risco de desenvolver uma deficiência de B12 e muitas vezes precisam tomar suplementos diários da vitamina.

Os níveis de ácidos estomacais diminuem com a idade. Até 30 por cento de pessoas mais velhas podem não contar com uma quantidade suficiente de ácidos estomacais para absorver quantidades adequadas de B12 de fontes naturais. Portanto, o consumo regular de alimentos fortificados ou suplementos com 25 a 100 microgramas diários de B12 é recomendado para pessoas com mais de 50 anos.

A B12 sintética, encontrada em suplementos e alimentos fortificados, não depende dos ácidos estomacais para ser absorvida. Mas, natural ou sintética, apenas uma parcela da B12 consumida acaba sendo absorvida pelo corpo. Tratamentos para curar deficiências de B12 costumam envolver doses muito superiores ao que o corpo realmente precisa.

A B12 livre, tanto natural quanto sintética, precisa se combinar com uma substância no estômago, chamada fator intrínseco, para ser absorvida pelo corpo. Esse fator é reduzido em pessoas com uma doença autoimune chamada anemia perniciosa; a deficiência de vitaminas que resulta disso costuma ser tratada com injeções de B12.

Embora a maioria dos médicos não hesite em recomendar injeções para corrigir deficiências de B12, existem muitas provas de que, em doses suficientemente altas, comprimidos sublinguais e adesivos transdérmicos de B12 podem funcionar tão bem quanto injeções para pessoas com problemas de absorção, até mesmo para aquelas com anemia perniciosa.

Geralmente, um suplemento diário de 2.000 microgramas é recomendado por cerca de um mês, e depois é reduzido para 1.000 microgramas ao dia por mais um mês, depois reduzido novamente para 1.000 microgramas semanais. Comprimidos sublinguais e adesivos transdérmicos de B12, ou até mesmo pirulitos de B12, podem ajudar pessoas que precisam do suplemento mas não conseguem engolir comprimidos.

Outros que correm risco de desenvolver deficiências de B12 são pessoas que bebem muito (o álcool reduz a absorção de B12), pessoas que passaram por cirurgias estomacais, seja para perder peso ou por causa de uma úlcera, e pessoas que tomam aminossalicilatos (para doenças inflamatórias intestinais ou tuberculose) ou a droga contra diabetes, metformina (vendida como Glucophage, entre outras marcas).
Pacientes que tomam anticonvulsivos como fenitoína, fenobarbital e aprimidona também correm risco.

Doses altas de ácido fólico podem mascarar uma deficiência de B12 e causar danos neurológicos permanentes, caso os níveis normais de B12 não sejam restaurados. Suplementos de potássio prejudicam a absorção de B12 em algumas pessoas.

Embora uma deficiência de B12 possa aumentar os níveis do aminoácido homocisteína no sangue, que aumenta o risco de doenças cardíacas e derrames, os suplementos de B12 não diminuem os riscos cardiovasculares.

E embora níveis altos de homocisteína estejam ligados ao Alzheimer e à demência, reduzi-los com suplementos de B12 não parece melhorar a função cognitiva. No entanto, em um estudo, entre mulheres com uma alimentação pobre em B12, suplementos da vitamina desaceleraram significativamente o índice de declínio cognitivo.

The New York Times News Service/Syndicate – Todos os direitos reservados".

http://nytsyn.br.msn.com/colunistas/pode-ser-velhice-ou-car%C3%AAncia-de-b12?page=0
Fonte: http://www.ecologiamedica.net/2012/09/velhice-ou-carencia-de-vitamina-b12.html

sábado, 13 de dezembro de 2014

Nem tudo que treme é Parkinson

Nem Tudo Que Treme é Parkinson

Uma parcela relativamente grande da população desenvolve em determinados momentos da vida algum tipo de tremor. As causas são inúmeras, da Doença de Parkinson aos distúrbios da glândula tireóide, passando pela ansiedade, o tremor essencial, a abstinência alcoólica, disfunção hepática, etc…. Por isso é fundamental a busca por um médico neurologista a fim de chegar ao diagnostico correto e posterior alivio dos sintomas.
O tremor é definido como um movimento involuntário rítmico que pode acometer qualquer articulação do corpo,pode variar de intensidade durante o dia, sendo geralmente pior em momentos de stress e desaparecendo geralmente com o sono. O diagnóstico correto surge da avaliação do perfil do paciente (sexo, idade, outras doenças, hábitos de vida, etc.) aliado a identificação do tipo de tremor (característica e distribuição do tremor).
Por ser um movimento rítmico em torno de determinada articulação o tremor apresenta AMPLITDE e FREQUÊNCIA, além de EIXO e situação em que é precipitado.
Com relação a essa última característica o tremor pode ser dividido em duas formas básicas:
1. Tremor de Repouso = é pior quando o paciente está parado e relaxado, melhora quando o paciente utiliza aquele membro (é o tremor característico da doença de Parkinson, lógico que aliado aos outros sintomas – veja adiante). Geralmente de baixa frequência, a amplitude pode ser alta.
2. Tremor de Ação = este é o tipo de tremor mais comum. Subdivide-se em tremor postural, aonde o paciente apresenta o tremor quando assume determinada postura (por exemplo, quando estende os braços). E tremor cinético, que ocorre durante determinado movimento (ao tentar alcançar um copo, por exemplo).

VAMOS FALAR UM POUCO SOBRE TREMOR ESSENCIAL

Esse tremor é de origem genética. Os pacientes geralmente não apresentam outros sintomas neurológicos, apenas o tremor. O tremor essencial clássico é bilateral e geralmente simétrico (alguns pacientes podem ter alguma assimetria – com um lado predominante de sintomas). Pode iniciar-se em qualquer idade, geralmente o paciente tem historia familiar de tremor (outros membros mais velhos da família tem um quadro semelhante). O tremor é distal (ou seja, mas proeminente nas mãos) e mais intenso quando o paciente estica os braços (diferente do Parkinson que treme mais com o membro em repouso).
Um fato curioso é que o paciente tem o tremor aliviado com o consumo de álcool (essa característica é clássica e bastante visível). É importante não confundir o tremor com o tremor da abstinência alcoólica (que é freqüente em usuários crônicos e intensos de álcool). Isso é um critério diagnóstico, não uma dica de tratamento, uma vez que sabemos os risco do consumo exagerado de bebida alcoólica.
Existem inúmeras possibilidades de tratamento para esse tipo de tremor, a maioria pautada em medicamentos de uso contínuo. A grande maioria desses pacientes leva uma vida normal e têm baixa taxa de progressão para doença de Parkinson. É importante seguimento clínico com médico Neurologista.

DOENÇA DE PARKINSON

A doença de Parkinson é uma patologia relativamente comum e de causa desconhecida. Pode iniciar em qualquer idade, mas é raríssima antes dos 65 anos. Ocorre perda de neurônios em regiões específicas do cérebro. É uma doença degenerativa e progressiva, que geralmente evolui lentamente durante muitos anos.
O quadro clínico clássico é de tremor, rigidez e lenificação de movimentos. O tremor geralmente é o que chama atenção primeiro. No início é de um lado só do corpo (com a evolução atinge também o outro lado). Isso é um aspecto muito importante a ser ressaltado, a Doença de Parkinson geralmente começa ASSIMÉTRICA (diferente de outros tremores que são geralmente simétricos). O tremor é mais percebido quando o membro está relaxado (tremor de repouso), geralmente melhora com a ação do membro e desaparece durante o sono. É geralmente um tremor grosseiro, com alta amplitude e freqüência baixa, como se o paciente estivesse “contando moedas” com as mãos.
Além do tremor o paciente apresenta rigidez muscular. Essa rigidez é percebida quando tenta-se movimentar a articulação do paciente com ele relaxado, nota-se que a articulação fica mais dura. Outro parâmetro é a lenificação progressiva dos movimentos. O paciente com Parkinson faz movimentos mais lentos e dificultosos, por vezes hesita ao tentar iniciar uma ação.
Além dessa Tríade Clássica (tremor de repouso / rigidez e lenificação dos movimentos) outras coisas podem ser notadas no paciente:
1- Alteração de marcha = o paciente passa a andar diferente. O tronco fica mais curvado para frente e os passos mais curtos. Os braços passam a balançar menos em relação ao corpo do paciente (perda do balanço passivo dos braços). O paciente pode ter dificuldade em iniciar a marcha. O tremor na mãos (geralmente mais intenso de um lado) é bem visível quando o paciente anda com os braços relaxados.
2- Alteração no rosto do paciente = o paciente com Parkinson fica com o rosto menos expressivo, chamamos isso de “rosto em máscara” ou “rosto congelado”. Como o rosto expressa nosso estado emocional o paciente com Parkinson pode ter dificuldade em transmitir seu estado de espírito atual, parecendo por vezes mais triste e desinteressado do que realmente está.
3- Instabilidade Postural = o paciente com Parkinson pode ter maior tendência a quedas sem motivos aparentes. Ele se desinstabiliza com maior facilidade, principalmente quando vira ou muda de direção durante a marcha. Quedas são frequentes, principalmente após 2 ou 3 anos do início da doença.
4- Alterações do sono. Com relativa frequência o paciente com Parkinson move-se durante o sono, como se estivesse vivenciando seus sonhos. Essa é geralmente uma queixa de quem dorme ao lado do paciente, uma vez que este geralmente nem percebe.
Como podemos ver a Doença de Parkinson é patologia complexa que envolve muitos sintomas além do tremor. É uma doença progressiva que exige avaliação e seguimento especializados. O paciente tem ser seguido por profissionais como: neurologista, Fisioterapeuta, fonoaudiólogo, entre outros…
O tratamento da Doença de Parkinson é também multifatorial. A reabilitação fisioterápica aliada ao uso de medicações geralmente mantém a capacidade funcional do paciente por muitos e muitos anos. Poucas doenças crônicas em neurologia respondem tão bem aos remédios como a Doença de Parkinson. No início do tratamento o paciente pode ficar completamente livre dos sintomas ou pelo menos muito bem compensado a ponto de ter uma vida independente e produtiva. Com a evolução da doença os medicamentos precisam ser constantemente ajustados e eventualmente aliados a outras drogas para terem o mesmo efeito. Por vezes surgem efeitos colaterais associado ao uso intenso dessas medicações, tais como movimentos involuntários. Nesta fase mais tardia o controle dos sintomas é parcial, mas ainda muito importante.
O paciente com Parkinson deve ser constantemente acompanhado pelo médico neurologista e em cada fase da doença o foco será sempre em prover a melhor qualidade de vida ao paciente.
Não existe cura definitiva para essa patologia, mas os excelentes resultados do tratamento dependem do reconhecimento precoce do problema e da busca pelo atendimento adequado.
Fonte: http://www.leandroteles.com.br/artigos/nem-tudo-que-treme-e-parkinson/


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

SÍNDROME DE FOURNIER

SÍNDROME DE FOURNIER

O QUE É SÍNDROME DE FOURNIER?

É uma infecção aguda que acomete os tecidos moles do períneo provocando celulite necrotizante secundária causada por bactérias anaeróbicas ou por bactérias gram-negativas, sendo que em alguns casos por ambas.
Retratada pela primeira vez por Baurienne no ano de 1764, ganhou o nome síndrome de fournier em homenagem ao médico francês Jean Alfred Fournier, quem detalhou a síndrome em publicações no período entre 1863 e 1864.
Caracterizada por uma endarterite obliterante, devido à trombose vascular subcutânea e necrose, promove isquemia local e um efeito sinérgico das bactérias. Áreas anteriormente estéreis ficam vulneráveis à entrada destes microrganismos. Esta síndrome pode ser idiopática como também pode estar ligada a alguns fatores predisponentes, como a diabetes mellitus, o alcoolismo, infecções variadas e traumas mecânicos, por exemplo.
Antigamente era descrita como uma doença rara, hoje em dia, entretanto, o uso abusivo de antibióticos tem contribuído bastante para uma maior incidência. Ainda não se sabe exatamente o porquê da preferência pela região dos órgãos genitais, acredita-se que seja algo devido à falta de higiene ou baixa circulação de ar. Após confirmado o diagnóstico deve-se dar início imediato ao tratamento, visto que pode adquirir contornos gravíssimos.

Agente causador

O principal agente isolado é a bactéria E. Coli., podendo, no entanto, ser causada por diferentes organismos anaeróbicos, por enterobactérias, por estafilococos e por estreptococos. Alguns indivíduos são enquadrados no grupo de risco. Portadores de diabetes mellitus, de obesidade mórbida, de doenças malignas, de cirrose, de doenças vasculares, de comportamentos como alcoolismo e uso abusivo de drogas são alguns deles.
Além disto, alguns fatores podem aumentar a predisposição para tanto, por exemplo, falta de higiene, pregas na pele, traumas, tecido celular frouxo, pequenas infecções, baixa vascularização e tromboses.  A síndrome de fournier acomete tanto homens quanto mulheres, apesar de ter prevalência no sexo masculino.

Como se descobre a doença (diagnóstico)

O quadro clínico da síndrome de fournier é bastante característico. O local afetado tende a ficar bem comprometido, o que logo leva os indivíduos portadores a buscar por ajuda. Para o correto diagnóstico o médico estudará o histórico do paciente e realizará alguns exames físicos. A apalpação da genitália será feita com cuidado, assim como da região perianal. Um exame de toque retal também é indicado. Feridas e tecidos moles serão analisados. A sensibilidade nestes sítios será levada em consideração.
Além dos exames físicos, outros procedimentos costumam ajudar o profissional no detectar da doença em questão. Um hemograma pode ser solicitado, assim como testes de função renal e de eletrólitos. Abscessos tendem a ser identificados via ultrassonografias, as quais também ajudam na verificação de comprometimento de tecidos profundos. Quando restam dúvidas sobre o diagnóstico, uma tomografia computadorizada pode ser a solução.
Após confirmado o caso deve-se dar início imediato ao tratamento. Este tem como base o uso de antibióticos de amplo espectro e precisa ser seguido à risca. Quando não se busca por ajuda a infecção pode adquirir contornos preocupantes.

Sintomas

A síndrome de fournier promove dor intensa na genitália e hipersensibilidade local. É comum haver um mal estar generalizado e piora da dor com o calor. Os efeitos variam de acordo com a sensibilidade do organismo. Geralmente, quanto maior for o grau de necrose, maiores serão os efeitos sistêmicos. Os sintomas da síndrome de fournier são basicamente:
  • Febre;
  • Astenia;
  • Cefaleia;
  • Dor na genitália;
  • Sensibilidade na genitália;
  • Gangrena;
  • Vômitos;
  • Alterações mentais;
  • Taquipnéia;
  • Creptações subcutâneas;
  • Drenagem purulenta de certos fragmentos.
No início ocorrem edema e eritema súbitos. Logo após há um escurecimento na área da genitália que progride para uma gangrena. O odor fica forte e geralmente surge um enfisema subcutâneo. Nesta situação os nervos já estão comprometidos, o que promove uma melhora na dor. O quadro clínico fica, por outro lado, muito mais preocupante. Diante de qualquer espécie de sinal que o corpo esteja enviando é imprescindível consultar um médico. Na maioria das vezes, quanto antes a doença for detectada, maiores serão as chances de cura.

Prevenção

Algumas medidas podem ser tomadas com o intuito de se prevenir da síndrome de fournier. Esta condição é provocada por uma infecção bacteriana que acomete indivíduos predispostos para tanto. Portadores de diabetes mellitus, de obesidade mórbida, de doenças malignas ou de doenças vasculares da pelve, por exemplo, necessitam tomar um cuidado redobrado com a região da genitália. É importante manter a higiene da área e o local sempre monitorado.
Pessoas com comportamento de risco como devido ao uso abusivo de álcool e de drogas estão mais vulneráveis à enfermidade. É preciso que se consulte um médico regularmente e que se faça exames de rotina. Desta forma o organismo fica monitorado e qualquer doença pode ser precocemente diagnosticada e receber um tratamento mais eficaz. Diante de sintomas não hesite em procurar por um médico.

Tratamento

Este possui como base o uso de antibióticos de amplo espectro. Com isto tanto as bactérias gram-negativas como as anaeróbicas são atacadas. Dificilmente se faz necessária uma intervenção cirúrgica, sendo preciso somente em casos muito evoluídos da doença.
Algumas medidas como a oxigenoterapia hiperbárica também podem ser tomadas com o intuito de tratamento. Todos os sintomas descritos mais acima são controlados com analgésicos e antitérmicos. É imprescindível que se busque por ajuda diante dos primeiros sinais. A síndrome de fournier adquire graves contornos quando não é devidamente controlada.
O prognóstico tende a ser positivo quando a doença é precocemente detectada. Através do tratamento as melhoras são significantes. É preciso seguir à risca as orientações médicas e jamais fazer auto-medicações. O uso incorreto de fármacos pode piorar um estado e ainda mascarar outras doenças mais graves. Portanto, é importante realizar os exames indicados e conversar com um médico, para que este passe o correto diagnóstico e as medidas necessárias para o tratamento. A síndrome de fournier e os seus transtornos podem ter um fim, basta que se busque por ajuda. Através de simples medidas e do uso de medicamentos todas as complicações vão embora e a qualidade de vida pode ser melhor.
Fonte: http://www.saudemedicina.com/sindrome-de-fournier/

HIPOGLICEMIA E HIPERGLICEMIA

HIPOGLICEMIA E HIPERGLICEMIA

HIPOGLICEMIA (Baixa de glicose no sangue)

Hipoglicemia pode acontecer mesmo durante aqueles momentos em que você está fazendo todo o possível para controlar seu diabetes. Então, apesar de muitas vezes você não poder impedir que isso aconteça, a hipoglicemia pode ser tratada antes que o quadro piore. Por esta razão, é importante saber o que é a hipoglicemia, quais são seus sintomas e como tratá-la.
Hipoglicemia acontece de tempos em tempos, para todos que tem diabetes.
Verificar os níveis de glicose no sangue para determinar quando o seu nível é baixo, ou seja, abaixo de 70.
Aprenda a identificar os sintomas de hipoglicemia, para que você possa tratá-la rapidamente.
Tratar a hipoglicemia, elevando o seu nível de glicose no sangue com alguma forma de açúcar.

Como eu sei quando a minha glicose no sangue está baixa?

Parte importante da gestão da diabetes é verificar o nível de glicose no sangue frequentemente. Pergunte ao seu médico quantas vezes você deve verificar e que níveis de glicose no sangue são adequados. Com os testes capilares de glicemia (ponta de dedo) saberá quando será necessário tratar sua hipoglicemia.
Você deve verificar se seu nível de glicose no sangue está de acordo com as metas determinadas pelo seu médico. Caso perceba que seu nível de glicose está baixando, faça imediatamente o teste de glicemia. Constatando estar com hipoglicemia, deverá tratá-la rapidamente.
Se você sentir que está entrando em hipoglicemia, mas por algum motivo não puder verificar imediatamente, lembre-se de uma regra muito simples: na dúvida, tratar.

Os sintomas de hipoglicemia são:

  • Tremores
  • Tontura
  • Suando
  • Fome
  • Dor de cabeça
  • Cor da pele pálida
  • Mudanças bruscas de humor ou comportamento, como choro sem motivo aparente
  • Movimentos desajeitados
  • Apreensão
  • Dificuldade em prestar atenção ou confusão
  • Sensações de formigamento em torno da boca

Como posso tratar a hipoglicemia?

A maneira mais rápida de aumentar a glicose no sangue e hipoglicemia é através da ingestão de alguma forma de açúcar. Muitas pessoas com diabetes gostam de levar comprimidos de glicose. Você poderá obter comprimidos de glicose em farmácias.
Outras fontes de açúcar ou de carboidratos simples também funcionam bem para tratar a hipoglicemia, como sucos de frutas, doces duros, bolachas, dentre outros. O importante é fazer com que pelo menos 15 gramas de açúcares/carboidratos sejam ingeridos. O rótulo nutricional informará a quantidade de carboidratos existente no alimento utilizado para tratar o episódio de hipoglicemia. Para tratar a hipoglicemia você deverá ter em mãos algum alimento composto principalmente de açúcar ou de carboidratos. Os alimentos que têm gordura, bem como açúcares e hidratos de carbono, como o chocolate ou cookies, não funcionam tão rapidamente para aumentar os níveis de glicose no sangue.

Alimentos com carboidratos 15 gramas:

  • (1/2 xícara) de suco ou refrigerante normal
  • 2 colheres de sopa de passas
  • 4 ou 5 bolachas água e sal
  • 4 colheres de chá de açúcar
  • 1 colher de sopa de mel ou xarope de milho
Pergunte ao seu médico ou nutricionista sobre a lista de alimentos que podem ser usados para tratar a baixa glicose no sangue (hipoglicemia). Em seguida, certifique-se de ter sempre pelo menos um deles  com você.
Depois de verificar a glicose no sangue e tratar sua hipoglicemia, deverá esperar de 15 a 20 minutos e verificar o seu sangue novamente. Se a glicose no sangue ainda é baixa e os sintomas de hipoglicemia não foram embora, repita o tratamento. Depois que você se sentir melhor, não se esqueça de comer as suas refeições regulares e lanches como o planejado para manter o seu nível adequado de glicose no sangue.

E se não for tratada?

É importante tratar a hipoglicemia rapidamente, porque a hipoglicemia pode piorar e você poderá passar mal. Se chegar a este ponto, você precisará de tratamento imediato, através de injeções de glucagon ou tratamento de emergência em um hospital.
Glucagon aumenta a glicemia e é injetado como a insulina. Pergunte ao seu médico sobre sua prescrição e como usá-lo. Você precisa informar às pessoas ao seu redor (como membros da família e colegas de trabalho) como e quando será necessário a injeção de glucagon em você.
Se o glucagon não está disponível, você deve ser levado para o pronto socorro mais próximo para tratamento da hipoglicemia. Se precisar de assistência médica imediata ou uma ambulância, alguém deve chamar o número de emergência em sua área para obter ajuda.
Se você passar mal em razão de hipoglicemia, aqui estão alguns prós e contras para amigos, familiares e colegas de trabalho:
  • Não injetar insulina.
  • Não forneça alimentos ou líquidos.
  • Não coloque as mãos na boca.
  • Injetar glucagon.
  • Pedir ajuda de emergência.

O que é o desconhecimento da hipoglicemia?

Não percepção de hipoglicemia é um estado em que uma pessoa não sente ou não reconhece os sintomas. Isto ocorre quando a pessoa não reconhece quando os níveis de glicose no sangue estão caindo abaixo de um nível seguro, assim, ela não sabe a hora certa para tomar as medidas necessárias para retornar os níveis de glicose adequados.  A não percepção parece ocorrer mais frequentemente em pessoas que tiveram vários episódios de hipoglicemia ou que tem diabetes a muito tempo, mas isso não acontece em todos os casos. Os casos são mais comuns em mulheres grávidas e em pessoas que controlam intensamente a diabetes.
Quando não há a percepção da hipoglicemia a pessoa pode não responder imediatamente ao tratamento, podendo durar mais tempo para corrigi-la. Pessoas com menos sensibilidade a hipoglicemia são menos propensas a despertar do sono quando ela ocorre durante a noite, e também têm menos defesas contra durante o exercício.
Algumas dicas de segurança para quem não tem percepção da hipoglicemia.
Aumentar o número de testes glicêmicos durante o dia e em momentos diferentes.
Sempre verifique antes de dirigir se os níveis estão abaixo de 100 mg/dl, caso positivo, comer e testar novamente depois de alguns minutos. Se os níveis de glicose são mais altos do que 100 mg/dl, mas caindo, comer e testar novamente antes de dirigir.
Discuta seus episódios de hipoglicemia com seu médico, para que você possa estar mais atento aos padrões e os sinais de alerta.
Orientar as pessoas que estão com você todos os dias sobre a hipoglicemia e a forma de ajudá-lo.
Use alguma identificação que o identifique como uma pessoa diabética.
Tenha sempre em mãos um glucagon e não se esqueça de orientar os que te rodeiam sobre a forma de usá-lo.
Muitas pessoas com diabetes, especialmente aquelas que usam insulina, deve ter uma identificação específica com eles em todos os momentos.
No caso de um episódio grave de hipoglicemia, um acidente de carro, ou de outra emergência, a identificação específicapoderá fornecer informações importantes sobre o estado de saúde da pessoa, tais como o fato de ser diabético e/ou alérgico, seus dados pessoais, os contatos de seus médicos, dentre outros.
Como posso evitar a baixa glicose no sangue?
Sua melhor aposta é na boa gestão da diabetes e aprender a detectar a hipoglicemia para que você pode tratá-la mais rápido possível, antes que piore.

HIPERGLICEMIA (Alto nível de açúcar no sangue)

Hiperglicemia é o termo técnico para glicemia elevada (alto nível de açúcar no sangue). Glicemia alta acontece quando o corpo tem muito pouca insulina ou quando o corpo não consegue utilizar a insulina adequadamente.
A hiperglicemia é a causa principal de complicações diabéticas e acontece de tempos em tempos, para todas as pessoas que têm diabetes.
É importantíssimo verificar os níveis de glicose no sangue para determinar quando o seu nível é alto e fora da meta ideal.
Aprenda a identificar os sintomas da hiperglicemia para que possa tratá-la rapidamente.
Quando estiver alta, além da injeção de insulina, poderá diminuir o seu nível de glicose no sangue através do exercício, a menos que cetonas estejam presentes na urina.

O que causa a hiperglicemia?

Uma série de fatores podem causar a hiperglicemia:
Se você tem o tipo 1, você pode não ter se injetado insulina suficiente.
Se você tem o tipo 2, o corpo pode ter insulina suficiente, mas não é tão eficaz como deveria ser.
Você comeu mais do que programou ou praticou menos exercício do que planejou.
Você tem o estresse de uma doença, como um resfriado, uma gripe ou uma virose.
Você passa por outras formas de stress, tais como conflitos familiares, escolares ou problemas de namoro.
Os principais sinais e sintomas da hiperglicemia são:
  • Glicemia elevada
  • Altos níveis de açúcar na urina
  • Micção frequente
  • Aumento da sede
Parte da gestão da sua diabetes é verificar a glicose no sangue frequentemente. Pergunte ao seu médico quantas vezes você deve verificar seus níveis de glicose no sangue e quais são os níveis adequados. Fazer o teste glicêmico (ponta de dedo) e, em seguida, tratar a glicemia alta precocemente, irá ajudá-lo a evitar problemas associados com hiperglicemia.

Como posso tratar a hiperglicemia?

Muitas vezes você pode baixar o nível de glicose no sangue por exercício. No entanto, se a glicose no sangue está acima de 240 mg/dl, deverá ser cauteloso. Se você tem cetonas na corrente sanguínea, não deverá se exercitar.
Exercitar quando cetonas estão presentes pode fazer o seu nível de glicose no sangue subir ainda mais. Você precisa trabalhar com o seu médico para encontrar a forma mais segura para diminuir seu nível de glicose no sangue.
Reduzindo a quantidade de alimento que você ingere também poderá ajudar. Trabalhe com seu nutricionista para fazer mudanças em seu plano de refeições. Se o exercício e mudanças em sua dieta não funcionarem, o seu médico pode alterar a quantidade de medicação ou insulina.

E se não for tratada?

A hiperglicemia pode ser um problema sério se você não tratá-la, por isso é importante tratar logo que detectá-la. Se você deixar de tratar a hiperglicemia, uma condição chamada cetoacidose (coma diabético) poderá ocorrer. A cetoacidose se desenvolve quando o organismo não tem insulina suficiente. Sem insulina, o organismo não consegue utilizar a glicose como combustível, passando a quebrar as moléculas de gordura para gerar energia.
Quando seu corpo quebra as gorduras, resíduos chamados cetonas são produzidos. Seu corpo não pode tolerar grandes quantidades de cetonas e vai tentar se livrar delas através da urina. Infelizmente, o corpo não pode liberar toda a cetona que se acumula no sangue, podendo levar a cetoacidose.
Cetoacidose é risco de vida e precisa de tratamento imediato. Os sintomas incluem:
  • Falta de ar
  • Respiração que cheira frutado
  • Náuseas e vômitos
  • Boca muito seca
Converse com seu médico para saber como lidar com esta condição.
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Fonte: http://adies.com.br/site/a-diabetes/hipoglicemia-e-hiperglicemia/


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Hidrocefalia em adultos

Hidrocefalia em adultos


Diagnóstico precoce e tratamento correto podem curar e devolver qualidade de vida ao paciente e seus familiares
Hidrocefalia em adultos
Deficiência progressiva da memória, instabilidade para caminhar e dificuldade para reter a urina. Às vezes tidos como problemas “normais” em idosos, essas manifestações devem ser encaradas como alerta para a busca de ajuda médica: a presença dos três sintomas juntos pode indicar a hidrocefalia, doença altamente limitante provocada pelo aumento de líquido cefalorraquidiano (liquor) nas cavidades cerebrais chamadas ventrículos.

No Brasil há aproximadamente 11 mil novos casos em adultos por ano, atingindo igualmente homens e mulheres, principalmente a partir dos 65 anos. Mas, considerando que a doença é subdiagnosticada, o número é provavelmente maior.
A hidrocefalia ocorre quando o liquor, que circula pelo cérebro atuando como um sistema de proteção, não consegue ser reabsorvido. Normalmente, há cerca de 250 ml desse líquido circulando e sendo reabsorvido pelo cérebro de um indivíduo adulto, quantidade que se refaz em média três vezes por dia. Diferentemente da hidrocefalia infantil, em que ocorre a expansão da cabeça porque ainda não há consolidação óssea da caixa craniana, no adulto o liquor não reabsorvido acumula-se nos ventrículos, comprimindo estruturas cerebrais importantes e causando os três sintomas.
A hidrocefalia pode ocorrer pelo excesso de produção de liquor, causado por fatores como traumas cranianos, acidente vascular cerebral (AVC), tumores cerebrais, cirurgias cerebrais prévias e hemorragia das meninges. Também pode ser provacada quando há oclusão dos aquedutos (canais por onde circula o liquor), seja por defeito congênito ou por tumores - são casos mais raros e podem acometer pessoas de todas as idades.
A grande maioria das ocorrências de hidrocefalia em adultos idosos, porém, está associada à incapacidade do cérebro de reabsorver adequadamente o liquor, por razões ainda desconhecidas. É denominada Hidrocefalia de Pressão Normal Idiopática (sem causa definida), porque apesar do aumento dos ventrículos, a pressão do liquor é normal.
A hidrocefalia sem causa definida é também a de diagnóstico mais complexo, pois a tríade de sintomas característicos da doença (comprometimento de memória e/ou funções cognitivas, marcha irregular e incontinência urinária) está presente em outras doenças do idoso. "Mais de 90% dos pacientes que apresentam a tríade de sintomas têm hidrocefalia", diz o dr. Reynaldo André Brandt, neurocirurgião do Einstein e presidente da mesa diretora da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.
“Trata-se de uma doença extremamente limitante. O paciente não consegue se locomover e fica preso ao leito, com incontinência que favorece infecções urinárias de repetição", observa o dr. Ivan Hideyo Okamoto, neurologista do Einstein.

Diagnóstico

O diagnóstico de hidrocefalia é feito pela história clínica e por exames de imagem que mostram os ventrículos aumentados. Quando há suspeita de HPNI, é realizado o teste terapêutico denominado Tap-Test. Inicialmente, o paciente passa por avaliação da memória cognitiva e por testes de marcha. No outro dia é submetido à punção de cerca de 30 ml de liquor retirado da coluna vertebral, o que reduz temporariamente a retenção nos ventrículos.
Os testes são repetidos após a punção. Se o paciente mostrar melhora nas funções que estavam afetadas, a HPNI fica caracterizada. "O Tap-Test é importante para a confirmação diagnóstica, pois aumenta a segurança na indicação de um procedimento cirúrgico para pacientes de mais idade", explica o dr. Okamoto.
O Einstein foi a instituição pioneira na aplicação do Tap-Test de forma sistematizada e sem a necessidade de internação. O paciente passa pela avaliação neuropsicológica e pelo teste de marcha e, no dia seguinte, retorna para ser submetido à punção do liquor. Alguns minutos depois é reavaliado para verificar se a resposta à punção foi positiva. "Fazer a reavaliação logo após a punção melhora significativamente a precisão do exame, já que o liquor pode voltar a se acumular nos ventrículos em cerca de duas horas", destaca o dr. Brandt.

Cirurgia eficaz e segura

A cirurgia de derivação ventrículo-peritoneal (DVP) é a indicação preferencial para o tratamento da hidrocefalia. Trata-se de um procedimento adotado já há muitas décadas com índices de eficácia e segurança superiores a 80%. Consiste na colocação de um cateter no ventrículo cerebral, ligado a uma válvula e a outro cateter, implantado na altura do pescoço e que chega até a cavidade peritoneal, na região do abdômen.
A válvula tem a função de regular o fluxo, abrindo toda vez em que há aumento dos ventrículos e drenando o excesso de liquor - levado através do cateter até a cavidade peritoneal. Os sintomas desaparecem por completo logo após o procedimento e os índices de recidiva são extremamente baixos.
O avanço da tecnologia possibilitou a criação de válvulas reguláveis que, caso seja necessário, podem ser ajustadas sem procedimentos invasivos. Antes delas qualquer problema nas válvulas exigia que fossem substituídas com a realização de nova cirurgia.
A frequente confusão dos sintomas da hidrocefalia com os de doenças como Alzheimer retarda e, muitas vezes, impede a detecção da doença. Mas, com diagnóstico precoce e tratamento correto, a hidrocefalia pode ser completamente curada, resgatando a qualidade de vida do paciente e de sua família.
Fonte: Dr. Ivan Okamoto, neurologista - CRM:62356 e Dr. Reynaldo André Brandt, neurocirurgião - CRM: 13760
Publicado em 14/02/2014
Fonte: http://www.einstein.br/einstein-saude/bem-estar-e-qualidade-de-vida/Paginas/hidrocefalia-em-adultos.aspx