segunda-feira, 31 de março de 2014

Senescência

senescência é o processo natural e progressivo de degeneração do ser humano, perda da funcionalidade corporal. Constitui no envelhecimento biológico e gradual a nível celular, tecidual e orgânico de todo ser vivo. Afeta o DNA, modifica as informações genéticas e provoca uma desorganização das células. As células se tornam incapazes de se dividirem como antes pois inicia-se a fase em que os telômeros (parte terminal dos cromososmos) sofrem desgaste e reduzem seu tamanho, fazendo com que a célula perca suas características e uma das consequências é o envelhecimento celular, não tendo mais capacidade de realizar a divisão celular. É quando ocorrem alterações graduais lentas e irreversíveis na estrutura e funcionamento do organismo decorrentes da passagem do tempo cronológico e começam a se apresentar os primeiros sinais aparentes e evidentes de declínio físico e mental.  
 A senescência é uma fase normal do ciclo vital do organismo e inica-se geralmente aos 65 anos. Envolve mudanças fisiológicas, bioquímicas, hormonais, psicológicas, anatômicas. Há diminuição no desempenho de diversas atividades.
Aceitar  o envelhecimento de forma natural contribui de certa forma para a longevidade. Se a pele perde gradualmente o tônus, a elasticidade, se há uma perda de massa muscular e os ossos diminuem, enquanto a gordura corporal aumenta; se os cabelos começam a ficar esbranquiçados, se  houve perda dos sentidos antes aguçados, memória mais lenta,  existem hoje no mercado paliativos adequados para cada caso.
Disposição, sabedoria, para vencer alguns desafios que surgem com o avanço da idade, faz parte da maturidade adquirida, visto que  é um processo contínuo que se inicia ao nascermos.

A qualidade de vida, a prática de bons hábitos nos vários estágios da vida, a preservação do corpo com exercícios físicos e alimentação adequada, fazer avaliação clínica de rotina periodicamente, a participação social, além de ter a mente sempre em atividade e evitando excessos e aprender a conviver com as doenças associadas à idade, propicia um envelhecimento saudável.
É importante resaltar que o tabago e o consumo exagerado de álcool são fatores que aceleram o envelhecimento, por isso, devem ser evitados.
A vida depende da cópia e tradução constante dos dados genéticos.Componentes genéticos e ambientais se confundem, se somam e se multiplicam, numa cascata de desajustes que leva as células e, eventualmente, o indivíduo ao envelhecimento e à morte.
A redução de 30-40% de calorias ativa um gene que codifica a enzima NAMP que acaba estimulando a produção de NAD. Níveis altos de NAD ativam os genes SIRT3 e SIRT4 aumentando o número de as enzimas codificadas por esses genes, nas mitocôndrias. As enzimas SIRT3 e SIRT4 prolongam a vida das células, evitando a formação de pequenos  poros em suas membranas, que poderiam servir de entrada para proteínas que alavancam o processo de apoptose, ou seja, morte celular.
 Buscar sempre uma boa qualidade de vida é essencial para uma velhice saudável.
É preciso envelhecer com alegria, sem medo de viver  e sabendo viver cada idade. Afinal só envelhece quem biologicamente e psicologicamente é saudável.




Aubrey de Grey,  gerontologista inglês, um dos maiores estudiosos e visionários da ciência que se ocupa do prolongamento da juventude, afirma que são sete os focos principais do processo de envelhecimento. A saber: 
 
 Células a menos – Já se sabe que as pessoas ficam mais baixas na velhice porque o espaço entre as vértebras se comprime. Ao mesmo tempo, ocorre no organismo a diminuição do número de células. Essas estruturas microscópicas que formam a pele, o sistema digestivo, o sangue, os ossos e o cérebro perdem a capacidade de se renovar. Essa é a causa da perda de massa muscular, densidade óssea e de neurônios nas pessoas de idade. 
 Intoxicação interna – Incapazes de se dividirem como antes, as células ao morrer liberam substâncias tóxicas, que resultam no aumento de gordura e deterioram a pele. 
 Mutações no núcleo – Mutações no DNA (a molécula no núcleo celular que carrega as informações genéticas) são normais. O acúmulo delas, no entanto, acaba desorientando o comando da célula. Essa é a causa mais comum dos tumores. 
 Mutações na mitocôndria – Essa organela, que funciona como um gerador de energia para a célula, tem seu próprio DNA, que também sofre mutações. Doenças degenerativas como Parkinson, por exemplo, se originam dessas mutações. 
 Lixo demais dentro das células – As células perdem a habilidade de processar o material resultante das reações químicas realizadas em seu interior. Com isso, elas não conseguem expulsar esse material. Com o passar dos anos, ficam inchadas. Isso gera caroços nos tecidos que elas formam. Inchaços na superfície das artérias, a degeneração macular e a neuronal são males que nascem dessa incapacidade das células de expulsar as toxinas geradas em seu processo vital. 
 Lixo demais por fora – Por um fenômeno inverso ao da contenção de toxinas, muitas células passam a lançar para o exterior certas proteínas que normalmente ficariam encasuladas. Essas proteínas formam bolhas pegajosas que afetam principalmente o cérebro. O Alzheimer e doenças degenerativas do fígado derivam justamente desse processo. 
 Proteínas grudentas – Moléculas estruturais são aquelas que formam os ligamentos, a parede das artérias e as lentes naturais do olho humano. Com o passar do tempo, parte dessas células se desprende e elas colam-se umas às outras, provocando endurecimento das artérias e pressão alta.
A combinação desses fatores é a própria essência da degeneração do corpo humano. E acredita-se que  a ocorrência de um deles acaba ativando outros. 
A natureza tem compromisso com a existência da vida no planeta. O mundo natural se organiza e trabalha pela manutenção das espécies vivas e por sua constante reprodução. Mas, como todo ser vivo em posição pouco privilegiada na cadeia alimentar sabe, a natureza não tem compromisso com formas particulares e individuais de vida – nem mesmo com aquela que se enxerga como o pináculo da criação: o homem. 
Um organismo morre quando suas células começam a parar de funcionar pela simples razão de que já nascem programadas para esse evento final. A morte não é um ponto fora da curva, mas um fenômeno que faz parte da própria geração do ser vivo. 
As células têm apoptose - a morte programada - e  outros fatores podem alterar essa programação, como hábitos de alimentação e atividade física. Ainda no útero, as células de um feto humano passam por um processo de apoptose para criar algumas partes do corpo, como mãos e pés. 

A apoptose (autodestruição celular), é ativada também sempre que o ataque de agentes externos – radiação, poluição e ingestão de substâncias tóxicas às células, por exemplo – provoca mutações no núcleo ou nas organelas celulares. Essa é a idéia que está na base da teoria do dano oxidativo, uma das mais acionadas para explicar esses fenômenos. Segundo essa teoria, o organismo envelhece porque vai se intoxicando de oxigênio. Cerca de 5% do oxigênio que o corpo absorve para transformar em energia permanece no corpo em forma altamente reativa conhecida como "radicais livres". São moléculas ou átomos propensos a interagir com os tecidos celulares causando neles um processo de oxidação, ou seja, de destruição. Mais de 200 tipos de doenças da idade estão associados à oxidação. Quanto mais agressões sofre o organismo, maior a velocidade com que aparecem os "defeitos" que podem ativar a apoptose.  

Infofográfico Revista Época (633) - criado por Gerson MoraA Infografia explica que o envelhecimento do organismo está
relacionado com a progressiva deterioração das células.

A Infografia explica que o envelhecimento do organismo está relacionado com a progressiva deterioração das células.

CONSEQUÊNCIAS OBSERVADAS  DURANTE O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
 Entre a 5ª e 6ª décadas uma mulher apresenta:
  • mãos mais magras, principalmente na região dorsal, pois além da perda de gordura no local, há uma perda da massa muscular daquela região.
  • perda muscular acentuada
  • As unhas se tornam irregulares, quebradiças e finas.
  • As coxas começam a ficar mais finas e o abdômen mais protuberante, mesmo nas magras, devido a flacidez da musculatura abdominal. 
  • Os poros tornam-se mais dilatados, tal como nos homens, devido a baixa dos estrógenos. A pele se torna mais seca e frágil, a mucosa vaginal se resseca chegando a impossibilitar o ato sexual.
  • Os cabelos perdem os brilho, a densidade, podendo ocorrer queda. Isso se deve alem dos fatores hormonais (hormônios sexuais, tireoidianos, DHEA, que se encontram em baixa) também a deficiência, seja pela ingestão ou pela menor absorção e aproveitamento de minerais, oligoelementos, vitaminas e aminoácidos necessários ao organismo. 
A medida que o homem envelhece:
  • os níveis de Testosterona (hormônio masculino) e o Sulfato de Dehidroepiandrosterona (S-DHEA) vão progressivamente diminuído. A Testosterona sofre uma queda em seus níveis sangüíneos a uma perda de cerca de 1% ao ano até chegar ao nível abaixo do limite inferior, ainda que dentro da faixa normal.
  • Por volta dos 35-40 anos o homem também passa a ter uma maior predisposição para engordar e esteticamente alguns homens passam também a apresentar perda de massa muscular, agora pela falta de atividade física e/ou exercícios e pela deficiência do hormônio masculino.
  • O desejo sexual já não é mais o mesmo de antes, a qualidade da ereção do pênis torna-se insatisfatória, sua vida sexual passa também a refletir na sua disposição mental e para o trabalho.
  • O déficit de Testosterona no cérebro leva-o a constantes episódios depressivos, sua vitalidade a cada dia se reduz.
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Fontes: 
http://www.camep.com.br/envelhecimento
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u672033.shtml
http://veja.abril.com.br/150904/p_096.html

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