Folha informativa COVID-19 - Escritório da OPAS
e da OMS no Brasil
Atualizada
em 12 de fevereiro de 2021
Principais informações
- Algumas vacinas candidatas
contra a COVID-19 receberam autorização para uso emergencial em alguns
países, como o Brasil.
- É fundamental se vacinar
quando chegar a sua vez e não se esquecer de que, tendo em vista o número
ainda limitado de vacinas no mundo, será necessário
continuar com as medidas preventivas, evitando que o vírus se
espalhe e protegendo, dessa forma, a si e aos outros.
- É preciso seguir e adotar
uma abordagem do tipo “faça tudo”, incluindo as medidas de proteção:
lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel e cobrir a
boca com o antebraço quando tossir ou espirrar (ou utilize um lenço
descartável e, após tossir/espirrar, jogue-o no lixo e lave as mãos). É
importante manter-se a pelo menos 1 metro de distância das outras pessoas.
Quando o distanciamento físico não é possível, o uso de uma máscara também
é uma medida de proteção. A nível individual, essas medidas de
proteção funcionam inclusive contra as novas variantes identificadas até o
momento.
- Foram confirmados no mundo
107.423.526 casos de COVID-19 (417.768 novos em relação ao dia anterior) e
2.360.280 mortes (12.695 novas em relação ao dia anterior) até 12 de
fevereiro de 2021.
- Na Região das Américas,
29.677.344 pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus se
recuperaram, conforme dados de 12 de fevereiro de 2021.
- A OPAS e a OMS estão
prestando apoio técnico ao Brasil e outros países, na resposta ao
surto de COVID-19.
- Os sintomas mais comuns da
COVID-19 são febre, cansaço e tosse seca. Alguns pacientes podem
apresentar dores, congestão nasal, dor de cabeça, conjuntivite, dor de garganta,
diarreia, perda de paladar ou olfato, erupção cutânea na pele ou
descoloração dos dedos das mãos ou dos pés. Esses sintomas geralmente são
leves e começam gradualmente.
A Organização
Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem apoiado diariamente as ações do Ministério da
Saúde do Brasil na resposta à COVID-19 desde janeiro de 2020.
Antes do
primeiro caso notificado da doença na América Latina, a OPAS organizou em
fevereiro, junto com a Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) e
o Ministério da Saúde do
Brasil, um treinamento para nove países sobre diagnóstico laboratorial do
novo coronavírus. Participaram da capacitação especialistas da
Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.
Durante a
atividade, os participantes fizeram um exercício prático de detecção molecular do vírus causador da COVID-19, além de revisarem e discutirem sobre as principais
evidências e protocolos disponíveis. A OPAS também doou ao Brasil primers
e controles positivos, que são materiais essenciais para diagnóstico do coronavírus, e – junto com as autoridades de saúde brasileiras –
disponibilizou reagentes para outros países da região das Américas.
Em março, a
Organização Pan-Americana da Saúde realizou um treinamento para especialistas
em saúde pública do Brasil no uso da Go.Data, ferramenta que busca
facilitar a investigação de surtos e epidemias, como a da doença causada pelo
novo coronavírus: COVID-19. A capacitação foi feita a pedido do Ministério da
Saúde do país.
A Go.Data
permite a coleta de dados de campo, rastreamento
de contatos e visualização de cadeias de transmissão. Pode ser usada tanto online quanto offline em
diferentes plataformas, como computadores, celulares e tablets – e funciona em
diversos sistemas, como Windows, Linux, Mac, Android e iOS.
Além disso, a
OPAS está ajudando o Brasil a ampliar
sua capacidade de diagnóstico, com
a compra de 10 milhões de testes do tipo
RT-PCR, que detectam se a pessoa está infectada com o coronavírus causador da
COVID-19. Também está disponibilizando cursos virtuais em português para
profissionais de saúde e ajudando a fortalecer, em apoio às ações do Ministério
da Saúde do Brasil, a capacidade de vigilância no município de Manaus e no estado do Amazonas –
incluindo a contratação de 23 enfermeiros, 2 profissionais de biotecnologia, 4
farmacêuticos, 3 biólogos, 6 técnicos de enfermagem e 9 datilógrafos.
No estado do Pará,
o organismo internacional ajudou a construir a Sala de Inteligência da Gestão,
incluindo um painel de monitoramento da COVID-19 no Estado. A ferramenta ajuda
a identificar onde o vírus está circulando e produzir cenários que permitem a
tomada de decisão com base em informações qualificadas.
A Organização
Pan-Americana da Saúde tem disponibilizado ainda uma série de ferramentas para
auxiliar os governos na tomada de decisão sobre medidas não farmacológicas,
como endurecimento ou afrouxamento das medidas de distanciamento social, inclusive com indicadores e uma calculadora de cenários epidêmicos.
Outra iniciativa
da OPAS é a promoção da saúde mental no contexto da
pandemia, com informações direcionadas a profissionais de saúde, cuidadores,
população em geral, pessoas idosas e população venezuelana migrante.
Além disso, a
Organização Pan-Americana da Saúde tem conduzido uma série de seminários
virtuais com especialistas de diferentes países – incluindo China, Espanha,
Itália e Japão – para apoiar o Brasil no desenvolvimento de protocolos, bem
como informar as autoridades de saúde pública. Em um deles, com especialistas
da Espanha, foram relacionados à identificação de sinais e sintomas da
COVID-19, como lesões de pele e síndrome inflamatória
multissistêmica em crianças e adolescentes.
Na segunda
semana de junho, a OPAS contribuiu com o governo do Mato Grosso do Sul na
elaboração de um plano e critérios para
ajuste de medidas não farmacológicas, como distanciamento social e restrição de viagens, para resposta à COVID-19 no
estado. O objetivo é implementar ações tanto para o cenário atual quanto para o
futuro.
No mesmo mês,
foi lançado o documento “Estratégia de Gestão – Instrumento
para apoio à tomada de decisão na resposta à pandemia da Covid-19 na esfera local”,
elaborado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), com
participação direta da OPAS. Essa ferramenta para avaliação de riscos
busca apoiar gestores dos estados e municípios brasileiros na adoção de medidas
de saúde pública, para reduzir a velocidade de propagação da doença, evitar o
esgotamento dos serviços de saúde, especialmente de terapia intensiva, e
minimizar o impacto da COVID-19 na população brasileira.
No Rio Grande do
Norte, a OPAS apoiou o estado no desenvolvimento
de uma ferramenta para auxiliar as autoridades de saúde pública no
estabelecimento de critérios para monitorar a evolução da COVID-19 e tomar
decisões sobre medidas não farmacológicas. Esses indicadores facilitam a
avaliação, por exemplo, sobre a necessidade de endurecer as medidas de distanciamento social – ou apontam se é
possível afrouxá-las.
No município de
São Paulo, a OPAS realizou, em conjunto com a Secretaria de Relações
Internacionais e a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania do
município de São Paulo, um treinamento para cerca de 40 servidoras municipais que
atendem mulheres em situação de
violência na capital paulista.
Foram abordadas a saúde mental (tanto de quem vai atender quanto de quem
receberá os cuidados, incluindo dicas sobre o que fazer e não fazer nas
interações), a perspectiva de gênero (com orientações para mulheres, homens, equipes de
saúde, gestores, formuladores de políticas e gerentes de serviços de saúde), as
principais medidas de prevenção contra a COVID-19 e a preparação para a fase de reabertura dos serviços.
Em Roraima e no Pará, especialistas da OPAS
treinaram cerca de 40 profissionais para aperfeiçoamento da análise e produção
de boletins epidemiológicos.
A OPAS também
tem organizado uma série de missões aos estados – Amazonas, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pará e Rio Grande do Norte – para troca de
experiências no enfrentamento à COVID-19, incluindo vigilância, atenção à saúde e comunicação de risco.
Em outubro, a
OPAS auxiliou o estado do Amapá a estruturar um Centro de
Operações de Emergência no estado.
A OPAS apoiou
ainda o desenvolvimento do plano
nacional de vacinação do
Brasil, fornecendo suporte técnico e compartilhando o que as mais recentes
evidências científicas relacionadas à COVID-19. A OPAS também contribui em
áreas como farmacovigilância, vigilância de efeitos adversos pós-vacinação,
sistemas de informação, comunicação de risco, monitoramento, supervisão,
pós-marketing de vacinas contra COVID-19 e avaliação, bem como compartilha
experiências bem-sucedidas de vacinação de adultos em outros países.
Em 2021, a OPAS
já firmou uma parceria com o município do Rio de Janeiro para criação
de um Centro de Operações de Emergências para enfrentamento da pandemia e
enviou uma equipe a Manaus, capital do estado do Amazonas, para apoiar as ações de controle da COVID-19 em
articulação com a Secretaria Municipal de Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde
e o Ministério da Saúde do Brasil, inclusive com identificação de soluções relacionadas à falta de oxigênio hospitalar.
A Organização
Pan-Americana da Saúde também doou ao Amazonas 4.600 oxímetros (para
monitorar as condições de saúde de pacientes com COVID-19), 45 cilindros de
oxigênio (para abastecer estabelecimentos de saúde do estado) e 1.500
termômetros (para checagem de temperatura de pacientes), enviou 60 mil testes
rápidos baseados em antígenos (para apoiar o diagnóstico de casos da doença) e
contratou 46 apoiadores para garantir o funcionamento do laboratório central do
estado 24 horas por dia, sete dias por semana.
— Informações do Ministério da Saúde do
Brasil: https://coronavirus.saude.gov.br/
Em 31 de
dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre
vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República
Popular da China. Tratava-se de uma nova cepa (tipo) de coronavírus que não
havia sido identificada antes em seres humanos.
Uma semana
depois, em 7 de janeiro de 2020, as autoridades chinesas confirmaram que haviam
identificado um novo tipo de coronavírus. Os coronavírus estão por toda parte.
Eles são a segunda principal causa de resfriado comum (após rinovírus) e, até
as últimas décadas, raramente causavam doenças mais graves em humanos do que o
resfriado comum.
Ao todo, sete
coronavírus humanos (HCoVs) já foram identificados: HCoV-229E, HCoV-OC43,
HCoV-NL63, HCoV-HKU1, SARS-COV (que causa síndrome respiratória aguda grave),
MERS-COV (que causa síndrome respiratória do Oriente Médio) e o, mais recente,
novo coronavírus (que no início foi temporariamente nomeado 2019-nCoV e, em 11 de fevereiro de 2020,
recebeu o nome de SARS-CoV-2). Esse novo coronavírus é responsável por causar a
doença COVID-19.
A OMS tem
trabalhado com autoridades chinesas e especialistas globais desde o dia em que
foi informada, para aprender mais sobre o vírus, como ele afeta as pessoas que
estão doentes, como podem ser tratadas e o que os países podem fazer para
responder.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem prestado
apoio técnico aos países das Américas e recomendado manter o sistema de vigilância
alerta, preparado para detectar, isolar e cuidar precocemente de pacientes
infectados com o novo coronavírus.
Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou que
o surto do novo coronavírus constitui uma Emergência de Saúde
Pública de Importância Internacional (ESPII) – o mais alto nível de alerta da
Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. Essa
decisão buscou aprimorar a coordenação, a cooperação e a solidariedade global
para interromper a propagação do vírus.. Essa decisão aprimora a coordenação, a
cooperação e a solidariedade global para interromper a propagação do vírus.
A ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI),
“um evento extraordinário que pode constituir um risco de saúde pública para
outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente
requer uma resposta internacional coordenada e imediata”.
É a sexta vez na história que uma Emergência de Saúde Pública de
Importância Internacional é declarada. As outras foram:
- 25 de abril de 2009 – pandemia de H1N1
- 5 de maio de 2014 – disseminação internacional
de poliovírus
- 8 agosto de 2014 – surto de Ebola na África
Ocidental
- 1 de fevereiro de 2016 – vírus zika e aumento
de casos de microcefalia e outras malformações congênitas
- 18 maio de 2018 – surto de ebola na República
Democrática do Congo
A responsabilidade de se determinar se um evento constitui uma
Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional cabe ao diretor-geral
da OMS e requer a convocação de um comitê de especialistas – chamado de Comitê
de Emergências do RSI.
Esse comitê dá um parecer ao diretor-geral sobre as medidas recomendadas
a serem promulgadas em caráter emergencial. Essas Recomendações Temporárias
incluem medidas de saúde a serem implementadas pelo Estado Parte onde ocorre a
ESPII – ou por outros Estados Partes conforme a situação – para prevenir ou
reduzir a propagação mundial de doenças e evitar interferências desnecessárias
no comércio e tráfego internacional.
Em 11 de março de 2020, a COVID-19
foi caracterizada pela OMS como uma pandemia. O termo
“pandemia” se refere à distribuição geográfica de uma doença e não à sua
gravidade. A designação reconhece que, no momento, existem surtos de COVID-19
em vários países e regiões do mundo.
O que é COVID-19?
COVID-19 é a doença infecciosa causada pelo novo coronavírus, identificado pela
primeira vez em dezembro de 2019, em Wuhan, na China.
Existe uma vacina contra
COVID-19?
Sim. Em dezembro de 2020, algumas vacinas candidatas contra a COVID-19 receberam
autorização para uso emergencial em alguns países. Estudos abrangentes sobre
várias vacinas candidatas têm relatado resultados preliminares
encorajadores. A OMS e a OPAS estão trabalhando com parceiros em todo o
mundo para ajudar a coordenar as principais etapas desse processo, incluindo a
facilitação do acesso equitativo a vacinas seguras e eficazes contra COVID-19
para bilhões de pessoas que delas precisarão.
Saiba mais sobre vacinas contra
COVID-19: https://www.paho.org/pt/vacinas-contra-covid-19
Saiba
mais sobre a distribuição das vacinas
Como as vacinas contra a
COVID-19 foram desenvolvidas tão rápido?
O desenvolvimento de uma vacina nova é um processo complexo e demorado, que, em
média, leva cerca de 10 anos. Porém, as vacinas contra a COVID-19 são o
resultado de anos de pesquisa sobre novas tecnologias e se baseiam nas lições
aprendidas ao longo de anos de trabalho para desenvolver vacinas contra SARS e
MERS, assim como nas vacinas já disponíveis contra o Ebola. Considerando a
atual pandemia de COVID-19, instituições, o setor privado e pesquisadores no
mundo todo estão trabalhando numa velocidade e escala sem precedentes, visando
a obtenção de vacinas seguras e eficazes contra a COVID-19 em aproximadamente
12-18 meses.
Confira perguntas frequentes sobre as vacinas candidatas contra
a COVID-19 e os mecanismos de acesso -- 6 de janeiro de 2021
Quanto tempo após tomar a
vacina uma pessoa fica imunizada contra a COVID-19?
Para estimular a imunidade da pessoa contra o vírus, as vacinas que estão sendo
aplicadas no Brasil precisam de uma segunda dose e um período de tempo para que
o organismo dê uma resposta imunológica protetora. Cada vacina tem orientações
específicas, mas geralmente isto acontece após 10 a 20 dias depois da segunda
dose.
Uma pessoa que já teve COVID-19
precisa ser vacinada?
Sim. A vacina pode oferecer uma imunidade mais duradoura e trazer mais
benefícios em relação à imunidade natural. Assim, as pessoas devem se
vacinar independentemente de já terem sido infectadas ou não pelo novo
coronavírus.
As vacinas contra a
COVID-19 podem provocar algum efeito colateral?
Durante a fase de testes das vacinas aplicadas no Brasil não foram detectados
efeitos adversos graves. Em geral, as vacinas podem provocar vermelhidão e dor
no local da aplicação e, às vezes, febre baixa. Essas reações leves costumam
desaparecer em poucos dias.
Posso tomar uma dose de
vacina de um laboratório e receber a segunda de outro?
O período desde o início da pandemia e o advento das vacinas é muito curto. Por
isso, ainda não existem evidências sobre intercâmbio das vacinas no processo de
imunização. Em princípio, se a vacina exige duas doses, estas devem ser da
mesma vacina.
Posso pegar COVID-19 por
causa da vacina?
O vírus utilizado nas vacinas é inativado – ou seja, não está vivo. Desa forma,
não é possível que uma pessoa se infecte com a COVID-19 por causa da
vacina.
Por que mesmo tomando a
vacina é preciso continuar seguindo as medidas de saúde púbica?
As medidas de higienização das mãos, distanciamento físico e uso de máscara
devem permanecer por um bom tempo. A OPAS e a OMS recomendam que as precauções
contra a transmissão da COVID-19 sejam mantidas mesmo por quem já estiver
vacinado, até que as pesquisas sejam conclusivas.
Assim, todas as pessoas que
tomarem vacinas precisam continuar mantendo todas as medidas de prevenção -
como distanciamento físico, uso de máscaras e lavagem das mãos.
Quanto tempo dura a
proteção da vacina?
Ainda é muito cedo para saber quanto tempo durará a proteção imunológica
determinada pelas vacinas contra a COVID-19. As pessoas que fizeram parte dos
testes da fase 3 das vacinas serão acompanhadas por anos para que se conheça
por quanto tempo elas terão imunidade.
Quem ainda não pode receber
as vacinas contra a COVID-19?
Menores de 18 anos, gestantes, pessoas com recomendação médica para não se
vacinar, ademais daquelas referidas nas bulas de cada tipo de vacina.
Quais são os sintomas de
alguém infectado com COVID-19?
Os sintomas mais comuns da COVID-19 são febre, cansaço e tosse seca.
Alguns pacientes podem apresentar dores, congestão nasal, dor de cabeça,
conjuntivite, dor de garganta, diarreia, perda de paladar ou olfato, erupção
cutânea na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés. Esses sintomas
geralmente são leves e começam gradualmente. Algumas pessoas são infectadas,
mas apresentam apenas sintomas muito leves.
A maioria das pessoas (cerca de
80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento hospitalar. Uma em cada
seis pessoas infectadas por COVID-19 fica gravemente doente e desenvolve
dificuldade de respirar. As pessoas idosas e as que têm outras condições de
saúde como pressão alta, problemas cardíacos e do pulmão, diabetes ou câncer,
têm maior risco de ficarem gravemente doentes. No entanto, qualquer pessoa pode
pegar a COVID-19 e ficar gravemente doente. Pessoas de todas as idades que
apresentam febre e/ou tosse associada a dificuldade de respirar/falta de ar,
dor/pressão no peito ou perda da fala ou movimento devem procurar atendimento
médico imediatamente. Se possível, é recomendável ligar primeiro para a(o)
médica(o) ou serviço de saúde, para que a(o) paciente possa ser encaminhada(o)
para a clínica certa.
O que devo fazer se tiver
sintomas de COVID-19 e quando devo procurar atendimento médico?
Se você tiver sintomas menores, como tosse leve ou febre leve, geralmente não
há necessidade de procurar atendimento médico. Você pode optar por ficar em
casa, fazer autoisolamento (conforme as orientações das autoridades nacionais)
e monitorar seus sintomas.
No entanto, se você mora em uma
área com malária ou dengue, é importante não ignorar os sintomas da febre.
Procure ajuda médica. Ao comparecer ao serviço de saúde, use uma máscara se
possível, mantenha pelo menos 1 metro de distância de outras pessoas e não
toque nas superfícies com as mãos. Se for uma criança que estiver doente,
ajude-a a seguir esta orientação.
Procure atendimento médico
imediato se tiver dificuldade de respirar ou dor/pressão no peito. Se possível,
ligue para o seu médico com antecedência, para que ele possa direcioná-lo para
o centro de saúde certo.
Como o vírus responsável
pela COVID-19 se espalha?
As evidências disponíveis atualmente apontam que o vírus causador da
COVID-19 pode se espalhar por meio do contato direto, indireto (através de
superfícies ou objetos contaminados) ou próximo (na faixa de um metro) com
pessoas infectadas através de secreções como saliva e secreções respiratórias
ou de suas gotículas respiratórias, que são expelidas quando uma pessoa tosse,
espirra, fala ou canta. As pessoas que estão em contato próximo (a menos de 1
metro) com uma pessoa infectada podem pegar a COVID-19 quando essas gotículas
infecciosas entrarem na sua boca, nariz ou olhos.
Para evitar o contato com essas
gotículas, é importante manter-se a pelo menos 1 metro de distância das outras
pessoas, lavar as mãos com frequência e cobrir a boca com um lenço de papel ou
cotovelo dobrado ao espirrar ou tossir. Quando o distanciamento físico (a um
metro ou mais de distância) não é possível, o uso de uma máscara de tecido
também é uma medida importante para proteger os outros.
Alguns procedimentos médicos
podem produzir gotículas muito pequenas (aerossóis) que são capazes de
permanecer suspensas no ar por longos períodos. Quando tais procedimentos
médicos são realizados em pessoas infectadas com COVID-19 em unidades de saúde,
esses aerossóis podem conter o vírus causador da COVID-19. Esses aerossóis
podem ser inalados por outras pessoas se elas não estiverem usando o
equipamento de proteção individual adequado. Visitantes não devem ser
permitidos em áreas onde esses procedimentos médicos estão sendo realizados.
Houve relatos de surtos de
COVID-19 em alguns ambientes fechados, como restaurantes, boates, locais de
culto ou ambientes de trabalho onde as pessoas podem estar gritando, conversando
ou cantando. Nesses surtos, a transmissão por aerossóis – especialmente em
locais fechados, onde há espaços lotados e inadequadamente ventilados, onde as
pessoas infectadas passam longos períodos com outras pessoas – não pode ser
descartada. No entanto, investigações detalhadas desses clusters sugerem que a
transmissão por gotículas e fômites também poderia explicar a transmissão
humano a humano dentro desses clusters. Mais estudos são necessários com
urgência para investigar esses casos e avaliar seu significado para a
transmissão da COVID-19.
Mais informações: https://iris.paho.org/handle/10665.2/52472
É possível pegar COVID-19
de uma pessoa que não apresenta sintomas?
A principal maneira pela qual a doença se espalha é através de gotículas
respiratórias expelidas por alguém que está tossindo ou tem outros sintomas
como febre e cansaço. Muitas pessoas com COVID-19 experimentam apenas sintomas
leves, particularmente nos estágios iniciais da doença. É possível pegar
COVID-19 de alguém com tosse leve e que não se sente doente. Alguns relatórios
indicaram que pessoas sem sintomas podem transmitir o vírus. Ainda não se sabe
com que frequência isso acontece.
Como podemos proteger aos
outros e a nós mesmos se não sabemos quem está infectado?
Praticar a higiene das mãos e respiratória é importante em TODOS os momentos e
é a melhor maneira de proteger aos outros e a si mesma(o). Sempre que
possível, mantenha uma distância de pelo menos 1 metro entre você e os outros,
principalmente se você estiver ao lado de alguém que tosse ou espirra. Como
algumas pessoas infectadas podem não estar ainda apresentando sintomas ou os
sintomas podem ser leves, manter uma distância física de todos é uma boa ideia
se você estiver em uma área onde a COVID-19 está circulando.
Posso pegar COVID-19 de
fezes de alguém com a doença?
Embora investigações iniciais sugiram que o vírus possa estar presente nas
fezes em alguns casos, até o momento não houve relatos de transmissão fecal-oral
da COVID-19. Além disso, não há evidências até o momento sobre a sobrevivência
do vírus da COVID-19 em água ou esgoto.
O vírus causador da
COVID-19 sofreu mutações?
O surgimento de mutações é um evento natural e esperado dentro do processo
evolutivo dos vírus. As medidas de proteção funcionam para todas as variantes
do vírus causador da COVID-19 (SARS-CoV-2) identificadas até o momento. Ou
seja, para proteger a si e aos outros, é preciso contiuar a: manter
distanciamento físico, usar máscara, ter ambientes bem ventilados, evitar
aglomerações, limpar as mãos e tossir/espirrar com cotovelo dobrado ou em lenço
de papel.
Mais informações: Ocorrência de variantes de SARS-CoV-2 nas Américas. Informações
preliminares. 26 de janeiro de 2021.
O que é a
dexametasona?
A dexametasona é um corticosteroide usado para o tratamento de várias doenças
por seus efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores. O medicamento foi
testado em pacientes hospitalizados com COVID-19 nos testes clínicos Recovery,
do Reino Unido, e descobriu-se que há benefícios para pacientes em situações
graves. De acordo com descobertas preliminares, o tratamento reduziu a
mortalidade em aproximadamente um terço nos pacientes em ventilação mecânica, e
a mortalidade foi reduzida em cerca de um quinto nos pacientes que precisavam
apenas de oxigênio.
Como higienizar as mãos
com álcool em gel?
Duração do procedimento: 20 a 30
seg
Aplique uma quantidade suficiente de preparação alcoólica
em uma mão em forma de concha para cobrir todas as superficies das mãos.
Friccione as palmas das mãos entre si.
Friccione a palma direita contra o dorso da mão esquerda
entrelaçando os dedos e vice-versa.
Friccione a palma das mãos entre si com os dedos
entrelaçados.
Friccione o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão
oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa.
Friccione o polegar esquerdo, com o auxilio da palma da
mão direita, utilizando-se de movimento circular e vice-versa.
Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita
contra a palma da mão esquerda, fazendo um movimento circular e vice-versa
Quando estiverem secas, suas mãos estarão seguras.
Como higienizar as mãos
com água e sabonete?
Duração do procedimento: 40 a 60
seg
Molhe as mãos com água
Aplique na palma da mão quantidade suficiente de sabonete
líquido para cobrir todas as superficies das mãos.
Ensaboe as palmas das mãos friccionando-as entre si.
Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão
esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa
Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais.
Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão
oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa
Esfregue o polegar esquerdo, com o auxílio da palma da
mão direita, utilizando-se de movimento circular e vice-versa
Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita
contra a palma da mão esquerda, fazendo movimento circular e vice-versa
Enxágue bem as mãos com água
Seque as mãos com papel toalha descartável
No caso de torneiras com contato manual para fechamento,
sempre utilize papel toalha.
Agora suas mãos estão seguras
Como
fazer compras com segurança?
Ao fazer compras, mantenha pelo menos 1 metro de distância dos outros e evite
tocar nos olhos, boca e nariz. Se possível, higienize as alças dos carrinhos de
compras ou cestas antes. Lave bem as mãos após chegar e casa e depois de
manusear e armazenar os produtos adquiridos. Atualmente, não há caso confirmado
de COVID-19 transmitido por meio de alimentos ou embalagens de alimentos.
Os
seres humanos podem ser infectados por um novo coronavírus de origem animal?
Uma série de investigações detalhadas descobriram que o SARS-CoV foi
transmitido de civetas para humanos na China em 2002 e o MERS-CoV de camelos
dromedários para humanos na Arábia Saudita em 2012. Vários coronavírus
conhecidos estão circulando em animais que ainda não infectaram humanos. À
medida que a vigilância melhora no mundo, é provável que mais coronavírus sejam
identificados.
Qual é a orientação da OPAS e da OMS no que diz respeito ao uso de
máscaras?
As evidências científicas mais recentes mostram que máscaras são uma
medida fundamental para suprimir a transmissão da COVID-19 e salvar vidas.
Devem ser usadas como parte de uma abordagem abrangente de “Faça tudo”,
incluindo manter distanciamento físico de um metro ou mais de outras pessoas,
evitar locais com aglomeração e contato próximo, garantir boa ventilação,
limpar frequentemente as mãos e cobrir o espirro e a tosse com o cotovelo
dobrado.
As máscaras cirúrgicas (ou médicas) podem proteger as
pessoas que a usam de serem infectadas e impedir que aqueles que apresentam
sintomas espalhem o vírus. A OMS recomenda que os seguintes grupos usem
máscaras médicas:
• Trabalhadores de saúde
• Qualquer pessoa com sintomas sugestivos de COVID-19, incluindo pessoas com
sintomas leves como dores musculares, tosse leve, dor de garganta ou
fadiga.
• Pessoas que cuidam de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19 fora das
unidades de saúde
Máscaras cirúrgicas também são recomendadas para os seguintes grupos de
risco, quando estão em áreas de transmissão generalizada e não podem garantir
uma distância de pelo menos 1 metro de outras pessoas:
• Pessoas com 60 anos ou mais
• Pessoas de qualquer idade com comorbidades de base, como doença
cardiovascular ou diabetes, doença pulmonar crônica, câncer, doença
cerebrovascular e imunossupressão
Já as máscaras de tecido não cirúrgicas (ou caseiras)
podem ser usadas pelo público em geral com idade inferior a 60 anos e que não
apresentem problemas de saúde subjacentes.
Em áreas onde o vírus está circulando, máscaras devem ser usadas quando
você estiver em ambientes com aglomeração, onde você não pode estar a pelo
menos 1 metro de outras pessoas, e em quartos com ventilação insuficiente ou
desconhecida. Nem sempre é fácil determinar a qualidade da ventilação, que
depende da taxa de mudança de ar, recirculação e ar fresco externo. Então, se
você tiver alguma dúvida, é mais seguro simplesmente usar uma máscara.
Você deve sempre limpar as mãos antes e depois de usar uma máscara e
antes de tocá-la enquanto a usa.
Ao usar uma máscara, você ainda deve manter distância física dos outros
o tanto quanto possível.
Para ambientes públicos internos, como shopping centers movimentados,
edifícios religiosos, restaurantes, escolas e transporte público, você deve
usar uma máscara se não puder manter distância física dos outros.
Se você receber em sua casa um visitante que não seja membro da sua
família/lar (pessoas que não moram junto com você), use uma máscara se não
puder manter uma distância física ou se a ventilação for insuficiente.
Quando estiver fora de casa, use uma máscara se não puder manter
distância física dos outros. Alguns exemplos são mercados movimentados, ruas
movimentadas e paradas de ônibus.
A combinação ideal de materiais para máscaras de tecido não-cirúrgicas
deve incluir três camadas: 1) uma camada mais interna feita de material
hidrofílico (por ex., algodão ou misturas de algodão); 2) uma camada mais
externa feita de material hidrofóbico (por ex., polipropileno, poliéster ou
misturas desses materiais), para limitar a contaminação externa por penetração
até o nariz e a boca do usuário; 3) uma camada intermediária hidrofóbica feita
de material sintético não tecido, como polipropileno, ou uma camada de algodão,
para melhorar a filtração ou reter gotículas.
Certifique-se de construir ou comprar uma máscara que permita respirar
enquanto fala e caminha rapidamente.
Válvulas que permitem que o ar não filtrado escape da máscara são
desencorajadas e são um recurso inadequado para máscaras usadas para o
propósito de prevenir a transmissão.
Acesse aqui a
íntegra da orientação “Uso de máscara no contexto da COVID-19”, de 1 de
dezembro de 2020
Crianças com 5 anos ou menos não devem ser obrigadas a usar máscaras.
Isso se baseia na segurança e no interesse geral da criança e na capacidade de
usar uma máscara de maneira adequada com o mínimo de assistência.
A decisão sobre uso por crianças de 6 a 11 anos deve ser baseada nos seguintes
fatores: se há transmissão generalizada na área onde a criança mora; a
capacidade da criança de usar uma máscara de forma segura e adequada; acesso a
máscaras, bem como lavagem e substituição de máscaras em determinados ambientes
(como escolas e creches); supervisão adequada de um adulto e instruções para a
criança sobre como colocar, tirar e usar máscaras com segurança; impacto
potencial do uso de máscara na aprendizagem e no desenvolvimento psicossocial,
em consulta com professores, pais/responsáveis e/ou profissionais de saúde;
configurações e interações específicas que a criança tem com outras pessoas que
correm alto risco de desenvolver doenças graves, como idosos e pessoas com
outras condições de saúde subjacentes
Crianças com 12 anos ou mais devem usar máscara nas mesmas condições que
os adultos, principalmente quando não podem garantir uma distância de pelo
menos 1 metro de outras pessoas e há transmissão generalizada na área.
Acesse aqui as
orientações sobre uso de máscaras por crianças
Quanto tempo leva após a exposição à COVID-19 para desenvolver sintomas?
O tempo entre a exposição à COVID-19 e o momento em que os sintomas começam
(período de incubação) é geralmente de cinco a seis dias, mas pode variar de 1
a 14 dias.
Quanto tempo o vírus sobrevive nas superfícies?
O mais importante a se saber sobre a presença de coronavírus em superfícies é
que elas podem ser facilmente limpas com desinfetantes domésticos comuns, que
matam o vírus. Estudos demonstraram que o vírus da COVID-19 pode sobreviver por
até 72 horas em plástico e aço inoxidável, menos de 4 horas em cobre e menos de
24 horas em papelão. Como sempre, limpe suas mãos com um higienizador à base de
álcool ou lave-as com água e sabão. Evite tocar nos olhos, na boca ou no nariz.
Para pessoas com deficiência, é importante se certificar de que os
produtos assistivos, se usados, sejam desinfetados com frequência; estes
incluem cadeiras de rodas, bengalas, andadores, macas, bengalas brancas ou
qualquer outro item que seja manuseado com frequência e usado em espaços
públicos.
Mais informações:
É seguro receber um pacote de qualquer área em que a COVID-19 tenha
sido notificada?
Sim. A probabilidade de uma pessoa infectada contaminar mercadorias
comerciais é baixa e o risco de pegar o vírus que causa a COVID-19 em um pacote
que foi movido, transportado e exposto a diferentes condições e temperaturas
também é baixo.
O que posso fazer para evitar a propagação da COVID-19 no meu local de
trabalho?
O risco de exposição ocupacional à COVID-19 depende da probabilidade de contato
próximo (inferior a 1 metro) ou frequente com pessoas que possam estar
infectadas com COVID-19 e pelo contato com superfícies e objetos contaminados.
As decisões referentes ao fechamento ou reabertura de locais de trabalho
e à suspensão ou redução de atividades devem ser tomadas à luz da avaliação de
riscos, da capacidade de implementar medidas preventivas e das recomendações
das autoridades nacionais para ajuste das medidas sociais e de saúde pública no
contexto da COVID-19.
As medidas para impedir a transmissão da COVID-19 que se aplicam a todos
os locais de trabalho e a todas as pessoas no local de trabalho incluem lavagem
das mãos com água e sabão ou desinfetante para as mãos à base de álcool,
higiene respiratória (como cobrir a tosse), distanciamento físico de pelo menos
1 metro ou mais (de acordo com as recomendações nacionais), uso de máscaras
onde o distanciamento físico não é possível, limpeza e desinfecção regular do
ambiente e limitação de viagens desnecessárias. Políticas e mensagens claras,
treinamento e educação para funcionários e gerentes, de modo a aumentar a
conscientização sobre a COVID-19 são essenciais. O manejo de pessoas com
COVID-19 ou seus contatos também é essencial -- por exemplo, os trabalhadores
que não estiverem se sentindo bem ou que apresentarem sintomas condizentes com
a COVID-19 devem ser instados a ficar em casa, a se autoisolar e a entrar em
contato com um médico ou com a linha local de informações sobre a COVID-19 para
obter orientação sobre exames e encaminhamento.
Nos lugares em que a transmissão comunitária local for alta e o trabalho
continuar, permita uma teleconsulta médica, quando disponível, ou dispense a
exigência de atestado médico para os trabalhadores que estiverem doentes, para
que possam ficar em casa.
As pessoas que estiveram em contato próximo no local de trabalho com pessoas
com COVID-19, confirmado em laboratório, devem ficar em quarentena por 14 dias
a partir da última vez em que houve contato.
Um contato é uma pessoa em qualquer uma das seguintes situações, desde 2
dias antes e até 14 dias depois do início dos sintomas do caso confirmado ou
provável de COVID-19:
- contato
presencial com um caso provável ou confirmado de COVID-19 a menos de 1
metro de distância e por mais de 15 minutos;
- contato
físico direto com um caso provável ou confirmado de COVID-19;
- prestação
de cuidados diretos a um caso provável ou confirmado de COVID-19 sem usar
os equipamentos de proteção individual adequados; ou
- outras
situações, conforme indicado nas avaliações de risco locais.
Mais informações:
Quem está em risco de desenvolver quadros graves da doença?
Idosos e pessoas com doenças não transmissíveis, como doenças cardiovasculares
(por exemplo, hipertensão, doença cardíaca e derrame), doenças respiratórias
crônicas, diabetes e câncer têm um risco mais alto de desenvolver quadros
graves da COVID-19.
Mais informações:
A OPAS ou a OMS divulgaram uma receita de gel pra fazer em casa?
Não, a OPAS e a OMS não divulgaram receita de gel para fazer em casa. Esse
processo de produção caseira pode, inclusive, ser prejudicial à saúde. A
recomendação da OPAS e da OMS é lavar as mãos com água e sabão ou higienizador
à base de álcool. Tanto álcool em gel quanto água e sabão são eficazes para
matar vírus que podem estar nas mãos ou outra parte do corpo.
Fumantes e usuários de produtos de tabaco correm maior risco de infecção
por COVID-19?
É provável que os fumantes sejam mais vulneráveis à COVID-19, pois o ato de
fumar significa que os dedos (e possivelmente os cigarros contaminados) estão
em contato com os lábios, o que aumenta a possibilidade de transmissão do vírus
da mão para a boca. Os fumantes também podem já ter doença pulmonar ou
capacidade pulmonar reduzida, o que aumentaria muito o risco de doença grave.
Outros produtos para fumar, como bongs, que geralmente envolvem o
compartilhamento, podem facilitar a transmissão da COVID-19 em ambientes
comunitários e sociais.
Condições que aumentem as necessidades de oxigênio ou reduzem a
capacidade do corpo de usá-lo adequadamente colocam os pacientes em maior risco
de doenças pulmonares graves, como pneumonia.
Pessoas que vivem com HIV correm um risco maior de serem infectadas pelo
vírus que causa COVID-19?
As pessoas que vivem com HIV com doença avançada, aquelas com CD4 baixo e alta
carga viral e aquelas que não estão em tratamento antirretroviral têm um risco
aumentado de infecções e complicações relacionadas. Não se sabe se a
imunossupressão causada pelo HIV colocará uma pessoa em maior risco para a
COVID-19. Portanto, até que se saiba mais, devem ser tomadas precauções
adicionais para todas as pessoas com HIV avançado ou pouco controlado.
No momento, não há evidências de que o risco de infecção ou complicações
da COVID-19 seja diferente entre pessoas vivendo com HIV, clinicamente e
imunologicamente estáveis ??no tratamento anti-retroviral, quando comparadas à
população em geral. As pessoas que vivem com o HIV e estão tomando
medicamentos antirretrovirais devem garantir que tenham um suprimento de ao
menos 30 dias a 6 meses de remédios e garantir que suas vacinas estejam em dia.
Outras informações:
https://www.paho.org/es/documentos/enfermedad-por-coronavirus-covid-19-and-hiv-asuntos-acciones-claves (espanhol)
https://www.who.int/news-room/q-a-detail/q-a-on-covid-19-hiv-and-antiretrovirals (inglês)
Posso pegar COVID-19 do meu animal de estimação?
Houve casos de animais de pacientes com COVID-19 infectados com a doença. Como
órgão intergovernamental responsável por melhorar a saúde animal no mundo,
a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) vem
desenvolvendo orientações técnicas sobre tópicos especializados relacionados à
saúde animal, dedicados a serviços veterinários e especialistas técnicos
(incluindo testes e quarentena).
- Existe
a possibilidade de alguns animais serem infectados pelo contato próximo
com seres humanos infectados. Ainda são necessárias mais evidências para
entender se animais podem espalhar a doença.
- Com
base nas evidências atuais, a transmissão de humano para humano continua
sendo o principal fator.
- Ainda
é muito cedo para dizer se os gatos podem ser o hospedeiro intermediário
na transmissão da COVID-19.
O que é o Estudo
Solidariedade, da OMS?
É o maior estudo de controle randomizado do mundo sobre terapias para COVID-19,
coordenado pela OMS e envolvendo quase 13 mil pacientes em 500 hospitais de 30
países (dados de 16 de outubro de 2020).
Os resultados preliminares
coletados ao longo de seis meses indicaram que os medicamentos remdesivir,
hidroxicloroquina, lopinavir/ritonavir e interferon têm pouco ou nenhum efeito
na prevenção de mortes por COVID-19 ou na redução de tempo que a pessoa passa
hospitalizada.
Foram analisados os efeitos
desses tratamentos na mortalidade em geral, início da ventilação e duração da
permanência hospitalar em pacientes hospitalizados. Outras formas de uso dos
medicamentos, como no tratamento de pacientes na comunidade ou para prevenção,
precisariam ser examinados por meio de diferentes ensaios.
Os resultados do estudo estão sob
revisão para publicação e foram disponibilizados no medRxiv: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.10.15.20209817v1
A plataforma global do Estudo
Solidariedade está pronta para avaliar rapidamente novas opções de tratamento
promissoras. Medicamentos antivirais, imunomoduladores e anticorpos monoclonais
anti-SARS COV-2 mais novos estão sendo considerados para avaliação.
Qual é a visão da OPAS e
OMS em relação ao uso de cloroquina e hidroxicloroquina para tratamento e
profilaxia contra COVID-19, que estão em andamento em alguns países?
Todo país é soberano para decidir sobre seus protocolos clínicos de uso de
medicamentos. Embora a hidroxicloroquina e a cloroquina sejam produtos licenciados
para o tratamento de outras doenças – respectivamente, doenças autoimunes e
malária –, não há evidência científica até o momento de que esses medicamentos
sejam eficazes e seguros no tratamento da COVID-19.
As evidências disponíveis sobre
benefícios do uso de cloroquina ou hidroxicloroquina são insuficientes, a
maioria das pesquisas até agora sugere que não há benefício e já foram emitidos
alertas sobre efeitos colaterais do medicamento. Por isso, enquanto não
haja evidências científicas de melhor qualidade sobre a eficácia e segurança
desses medicamentos, a OPAS recomenda que eles sejam usados apenas no contexto
de estudos devidamente registrados, aprovados e eticamente aceitáveis.
Há um ensaio clínico (série de
pesquisas padronizadas) internacional chamado Estudo Solidariedade,
que busca ajudar a encontrar um tratamento eficaz para a COVID-19. Foi lançado
pela Organização Mundial da Saúde e parceiros em março de 2020. Com base em
evidências científicas de pesquisas laboratoriais, em animais e humanos, foram
selecionadas no Estudo Solidariedade algumas opções de tratamento para análise
quanto à eficácia no tratamento da COVID-19. Uma delas foi o uso de cloroquina*
ou hidroxicloroquina. As demais opções foram: o uso de remdesivir; de
lopinavir/ritonavir***; e de lopinavir/ritonavir com interferon beta-1a.
Tendo se reunido em 23 de maio de
2020, o Grupo Executivo do Estudo Solidariedade decidiu implementar uma pausa
temporária do braço de hidroxicloroquina do estudo, devido a preocupações
levantadas sobre a segurança do medicamento. Essa decisão foi tomada como precaução,
enquanto os dados de segurança foram revisados pelo Comitê de Segurança e
Monitoramento de Dados do Estudo Solidariedade.
Em 3 de junho de 2020, com base
nos dados de mortalidade disponíveis, os membros do comitê recomendaram que não
havia motivos para modificar o protocolo do estudo. O Grupo Executivo então
recebeu esta recomendação e endossou a continuidade de todos os ramos do Estudo
Solidariedade, incluindo a hidroxicloroquina.
Posteriormente, com base em novas
descobertas, a OMS anunciou em 17 de junho de 2020 que o braço de
hidroxicloroquina do Estudo Solidariedade que buscava encontrar um tratamento
eficaz para COVID-19 foi interrompido. O Grupo Executivo do estudo e os
principais pesquisadores tomaram a decisão baseados em evidências** do Estudo
Solidariedade (incluindo dados do estudo francês Discovery), do ensaio Recovery
do Reino Unido e de uma revisão Cochrane de outras evidências sobre a
hidroxicloroquina.
Os dados e os resultados
recentemente anunciados mostraram que a hidroxicloroquina não resulta na
redução da mortalidade de pacientes com COVID-19 hospitalizados, quando
comparados com o padrão de atendimento.
Com isso, os investigadores não
randomizarão outros pacientes para hidroxicloroquina no Estudo Solidariedade.
Esta decisão se aplica apenas à
condução do Estudo Solidariedade. A cloroquina e a hidroxicloroquina continuam
sendo medicamentos aceitos como geralmente seguros para uso em pacientes com
malária ou doenças autoimunes.
Existem outros ensaios em
andamento no mundo, além do Estudo Solidariedade.
Confira o documento da OPAS “Atualização contínua da
terapia potencial COVID-19: resumo de revisões sistemáticas rápidas”
para mais detalhes e informações sobre potenciais tratamentos.
*De acordo com o protocolo de
pesquisa inicial, a cloroquina e a hidroxicloroquina foram selecionadas como
possíveis medicamentos a serem testados no Estudo Solidariedade. No entanto, os
testes só foram realizados com a hidroxicloroquina. Assim, a cloroquina foi
removida no dia 25 de maio de 2020 das opções de tratamento em estudo listadas
na página do Estudo
Solidariedade.
**Essas evidências não se aplicam ao uso da hidroxicloroquina na
prevenção de infecções por COVID-19 ou no tratamento de pacientes não
hospitalizados, duas áreas em que ainda são necessárias mais evidências sobre a
eficácia do medicamento contra o coronavírus.
***No dia 4 de julho de 2020,
o braço do estudo relacionado ao uso de lopinavir/ritonavir também
foi descontinuado, por produzir pouca ou nenhuma redução na
mortalidade de pacientes com COVID-19 hospitalizados quando comparado ao padrão
de atendimento.
Qual a posição da OPAS e da
OMS sobre uso da ivermectina no tratamento da COVID-19?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde
(OPAS) não recomendam o uso de ivermectina para quaisquer outros propósitos
diferentes daqueles para os quais seu uso está devidamente autorizado.
A OPAS tem compilado um
banco de dados de evidências sobre potenciais tratamentos para COVID-19 e
feito revisões rápidas dos estudos realizados em humanos.
A revisão identificou incerteza
nos benefícios e danos potenciais. Embora estimativas sugiram benefícios com
ivermectina, fatores como limitações metodológicas dos estudos apontam que as
evidências são insuficientes e que mais pesquisas são necessárias para
confirmar ou descartar esses achados.
Mais informações: https://iris.paho.org/handle/10665.2/52719?locale-attribute=pt
A OMS recomenda o uso de
luvas na comunidade para impedir a transmissão do COVID-19?
Não, a OMS não recomenda o uso regular de luvas por pessoas no entorno
comunitário. O uso de luvas pode aumentar os riscos de infecção em quem usa ou
de transmissão para outras pessoas caso sejam tocadas superfícies contaminadas
sem que depois as luvas sejam retiradas e as mãos lavadas.
Portanto, em locais públicos como
supermercados, além do distanciamento físico, a OMS recomenda instalar na
entrada e na saída pontos de higiene das mãos de uso público.
Ao melhorar amplamente as
práticas de higiene das mãos, os países podem ajudar a impedir a propagação do
vírus causador da COVID-19.
Pessoas que se recuperaram
da COVID-19 podem ficar imunes ou serem infectadas mais de uma vez?
No momento, existem alguns relatos de indivíduos que foram reinfectados com
SARS-CoV-2 (o vírus que causa COVID-19). É provável que haja mais exemplos de
reinfecção relatados e os cientistas estão trabalhando para entender o papel da
resposta imunológica na primeira e na segunda infecção. A OPAS e a OMS estão
trabalhando com cientistas para entender cada ocorrência de reinfecção e a
resposta de anticorpos durante a primeira infecção e as subsequentes.
Mais informações: "Orientações provisórias para detecção de casos de reinfecção
pelo SARS- CoV-2, 29 de outubro de 2020"
O que é imunidade de
rebanho/coletiva?
A imunidade coletiva (ou de rebanho) é a proteção indireta de uma doença
infecciosa que ocorre quando uma população é imune por vacinação ou imunidade
desenvolvida por infecção anterior. Isso significa que mesmo as pessoas que não
foram infectadas ou nas quais uma infecção não desencadeou uma resposta imune,
elas estão protegidas porque as pessoas ao seu redor que são imunes podem atuar
como amortecedores entre elas e uma pessoa infectada. O limiar para estabelecer
imunidade de rebanho para a COVID-19 não está claro no momento.
Pessoas infectadas pela
COVID-19 podem ter sequelas?
Após o primeiro relato, no final de dezembro, da doença causada pelo novo
coronavírus, o conhecimento sobre suas complicações e sequelas aumentou substancialmente.
A principal sequela nos pacientes que tiveram quadro clínico grave de COVID-19
é a fibrose pulmonar. Também foram identificadas miocardite relacionada à
infecção, com redução da função sistólica e arritmias; declínio cognitivo de
longo prazo, como deficiências de memória, atenção, velocidade de processamento
e funcionamento, juntamente com perda neuronal difusa; encefalopatia aguda,
alterações de humor, psicose, disfunção neuromuscular ou processos
desmielinizantes; sequelas psicológicas relacionadas ao distanciamento social;
entre outras.
Saiba mais no alerta
epidemiológico "Complicações e sequelas da COVID-19", de 12 de
agosto de 2020
Os ventiladores e ar
condicionado podem ser usados com segurança no contexto da COVID-19?
No escritório ou na escola, se o
uso de ventilador de mesa ou pedestal for inevitável, é importante aumentar as
trocas de ar externo abrindo as janelas e minimizar as chances de que o ar
exalado por uma pessoa (ou grupo de pessoas) seja transportado para outra. O
uso de ventiladores de teto pode melhorar a circulação do ar externo e evitar
bolsões de ar estagnado no espaço ocupado. No entanto, é fundamental manter uma
boa ventilação externa ao usar ventiladores de teto. Uma maneira eficiente de
aumentar a troca de ar externo é abrir as janelas. O ar exalado de uma pessoa
infectada diretamente para outra em espaços fechados pode aumentar a
transmissão do vírus.
Em casa, ventiladores de mesa ou pedestal são seguros para a circulação de ar
entre familiares que moram juntos e não estão infectados com o vírus que causa
a COVID-19. No entanto, os ventiladores devem ser evitados quando pessoas que
não fazem parte da família estão visitando, uma vez que algumas pessoas podem
ter o vírus apesar de não apresentarem sintomas.
Os sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado, usados para manter a
temperatura e a umidade do ar interno em níveis saudáveis e confortáveis, são
seguros, desde que regularmente inspecionados e limpos. Com adequada
manutenção, esses sistemas podem reduzir a propagação de COVID-19 em espaços
internos, aumentando a taxa de troca de ar, reduzindo a recirculação de ar e
aumentando o uso do ar externo. Os sistemas que recirculam o ar não devem ser
usados.
Qual a orientação da OMS
sobre a reabertura de escolas?
A OMS, UNICEF e UNESCO divulgaram no dia 14 de setembro orientações atualizadas
(que substitui a orientação de 10 de maio) sobre como e quando reabrir escolas
com segurança.
A continuidade da educação é
fundamental para a aprendizagem, desenvolvimento, bem-estar, saúde e segurança
das crianças. As escolas devem ser priorizadas entre as primeiras instituições
a serem abertas à medida que as sociedades reabrem.
Dadas as consequências devastadoras
para crianças, jovens e sociedades como um todo, as decisões sobre o fechamento
de escolas devem ser consideradas como um último recurso, de forma temporária e
apenas em nível local, se o surto ainda não tiver sido manejado.
Durante fechamentos, a
continuidade da educação deve ser garantida por meio do ensino à distância,
potencializando a solidariedade social dentro das comunidades. O tempo de
fechamento das escolas deve ser usado para investir na adaptação e melhoria das
escolas para que elas possam reabrir o mais rápido possível.
As escolas fazem parte de uma
comunidade e conectam as comunidades. Dessa forma, as medidas tomadas para
reduzir o risco em uma comunidade também reduzirão o risco nas escolas. Por
isso, é importante uma abordagem de toda a sociedade e solidariedade no nível
da comunidade para garantir a continuidade da educação em ambientes protegidos
da COVID-19.
Não há risco zero, mas as medidas
preventivas tomadas para reduzir a transmissão de COVID-19 podem ser vantajosas
para toda a sociedade, com a melhoria das práticas que reduzem a propagação de
doenças (lavagem das mãos, higiene respiratória e uso de máscara quando
apropriado para a idade) e esforço por maior acesso à educação para todas
as crianças.
São fundamentais a consulta e
coordenação dentro da comunidade escolar, bem como com os pais, para construir
confiança e tranquilizar a família sobre a segurança das escolas. As lições
aprendidas com crises anteriores (por exemplo, ebola) mostram que a ampla
mobilização social e o engajamento dos líderes comunitários são essenciais para
tranquilizar a família e ajudar a reduzir significativamente o abandono
escolar.
Mais informações: "Considerações para medidas de saúde pública relacionadas a
escolas no contexto da COVID-19"
Qual é a posição da OMS
sobre as chamadas "lockdowns" como forma de combater a COVID-19?
Medidas de distanciamento físico em grande escala e restrições de movimento,
muitas vezes chamadas de lockdowns, podem reduzir a velocidade de transmissão
da COVID-19, ao limitarem o contato entre as pessoas.
No entanto, essas medidas podem
ter um impacto negativo profundo sobre os indivíduos, comunidades e sociedades,
ao fazer com que a vida social e econômica praticamente pare. Essas medidas
afetam desproporcionalmente grupos desfavorecidos, incluindo pessoas em situação
de pobreza, migrantes, pessoas deslocadas internamente e refugiados, que na
maioria das vezes vivem em locais superlotados e com poucos recursos e dependem
do trabalho diário para sua subsistência.
A OMS reconhece que, em certos
pontos, alguns países não tiveram escolha a não ser orientar a população a
ficar em casa e outras medidas para ganhar tempo.
Os governos devem aproveitar ao
máximo o tempo extra concedido pelas chamadas medidas de lockdown, fazendo tudo
o que puderem para desenvolver suas capacidades de detectar, isolar, testar e
cuidar de todos os casos; rastrear e colocar em quarentena todos os contatos;
engajar, empoderar e capacitar as populações para impulsionar a resposta da
sociedade e muito mais.
A OMS tem esperença de que
os países usarão intervenções direcionadas onde e quando necessário, com
base na situação local.
Quais as recomendações da
OPAS sobre retomada de viagens internacionais?
Principais medidas
recomendadas:
• Não devem ser permitidas viagens internacionais de pessoas que estejam sob
medidas de isolamento, quarentena ou restrição de movimento em sua comunidade
(por exemplo, em confinamento).
• As pessoas que não estiverem se sentindo bem, independentemente da causa,
devem ser orientadas a não fazer viagens internacionais e a procurar
atendimento médico.
• Pode-se selecionar de forma dinâmica os países e cidades a partir dos quais é
autorizado o trânsito internacional de entrada direto, para mitigar o risco de
casos importados de infecção por SARS-CoV-2.
• Devem ser estabelecidos mecanismos para que os viajantes que chegarem a uma
cidade ou país forneçam informações sobre seus planos de viagem para os
primeiros 14 dias no local.
• Deve ser feita uma triagem visual dos viajantes que chegam e saem para
detectar sintomas compatíveis com a COVID-19.
• Devem ser estabelecidos mecanismos para monitorar o estado de saúde dos
viajantes internacionais nos 14 dias após a sua chegada.
Medidas NÃO recomendadas:
• Não são justificáveis intervenções que possam gerar uma falsa sensação de
segurança (como a triagem de viajantes com base na temperatura corporal e o
preenchimento de formulários ou declarações dos viajantes com base nos sintomas
ou testes para COVID-19).
• Os viajantes internacionais não devem ser considerados ou tratados como
contatos de casos de COVID-19 e não se deve exigir que façam quarentena no país
de destino.
• Os viajantes internacionais não devem ser considerados ou tratados como casos
suspeitos de COVID-19 e não devem ser submetidos à coleta de amostras ou
isolamento no país de destino.
• Considerando a eficácia da tecnologia de testes disponíveis atualmente, não é
recomendável realizar ou recomendar testes para COVID-19 para os passageiros que
estiverem planejando ou que fizerem uma viagem internacional como ferramenta
para mitigar o risco de propagação internacional.
Mais informações: "Retomada das viagens internacionais não essenciais no contexto
da pandemia de COVID-19: orientação sobre o uso de testes para a COVID-19. 9 de
outubro de 2020"
O que são os testes rápidos
de antígenos?
Os testes diagnósticos de antígeno para COVID-19 (conhecido pelas suas siglas
em inglês como Ag-RDT) permitem que profissionais de saúde realizem testagem
precisa e rápida para pacientes sintomáticos, mesmo em comunidades remotas.
Eles são melhores para determinar se alguém está infectado no momento –
diferente dos testes rápidos de anticorpos, que podem mostrar quando alguém
teve infecção no passado pela COVID-19. A OPAS está ajudando os países a
implementarem novos protocolos de testagem e facilitar o acesso aos testes
rápidos de antígeno.
Os testes de diagnóstico PCR, que
são altamente precisos e devem ser realizados em laboratório, continuam sendo o
padrão ouro, mas o tempo para recebimento de seus resultados pode ser
mais demorado. Dessa forma, os testes de detecção de antígenos não
substituem o PCR, mas complementam a detecção do vírus no corpo. A
detecção baseada em antígeno deve ser priorizada para diagnóstico da infecção
pelo vírus da COVID-19 em casos sintomáticos, sobretudo em ambientes onde os
testes moleculares (por exemplo, RT-PCR) são limitados, indisponíveis, ou estão
disponíveis, mas com longos tempos de resposta. Sua utilização deve ser
priorizada para casos suspeitos leves ou ambulatoriais e, eventualmente, para
contatos de pacientes confirmados. Seu uso em outros tipos de processos – como
nos aeroportos ou outros portos de entrada e na busca de casos assintomáticos –
não é recomendado atualmente pela OPAS.
Mais informações: “Implementação de testes de detecção rápida de antígenos
COVID-19. Piloto 27 de outubro de 2020”.
O que é o COVAX?
Governos são responsáveis perante suas populações e contribuintes e, com tantas
vidas e sustentos em jogo, alguns estão compreensivelmente buscando acordos
bilaterais com fabricantes a fim de garantir acesso à escassa oferta futura de
vacinas.
À medida que autoridades
econômicas no mundo todo tentam lidar com choques de receita inéditos, tais
estratégias trazem esperança e inspiram confiança. Porém elas também carregam
risco. Em tempos normais, o desenvolvimento de uma vacina é longo, complicado e
frequentemente com fracassos; é difícil saber quais acordos resultarão em uma
vacina de fato.
O Pilar
COVAX oferece essa solução: através de diversificação de
portfólio, reunião de recursos financeiros e científicos e economia de escala,
governos e blocos participantes podem compensar o risco de apoiar candidatas
fracassadas, assim como governos com capacidade limitada ou nula de financiar
suas próprias compras bilaterais podem ter assegurado o acesso a vacinas que
salvarão vidas e que de outro modo estariam fora de seu alcance.
O objetivo do Pilar COVAX é
colocar fim na fase aguda da pandemia global até o final de 2021. Caso tenha
sucesso em seu objetivo, através da alocação adequada de doses seguras e
eficazes de vacinas, em fases determinadas pela epidemiologia e saúde pública
para desacelerar e, em última instância, interromper a pandemia, poderá salvar
milhões de vidas e transformar as perspectivas econômicas de governos e
pessoas.
O Pilar COVAX é uma abordagem
urgentemente necessária para se chegar mais rapidamente a uma vacina segura e
eficaz, através do financiamento, compartilhando os riscos de desenvolvimento e
criando capacidade para a fabricação de doses de vacina agora, paralelamente ao
desenvolvimento clínico e antes da comprovação de seu funcionamento.
Ele mostrará como os países
participantes, ao comprar uma cota de participação de várias vacinas
candidatas, em vez de apenas uma ou outra, poderão se garantir contra o
fracasso de qualquer candidata individual e garantir vacinas bem-sucedidas de
modo custo eficaz e direcionado.
O que devo fazer para ter
um Natal e Ano-Novo com segurança?
Durante uma pandemia, não há época de festas sem riscos. Cada encontro, cada
viagem de compras e cada viagem aumentam as chances de propagação do vírus.
As pessoas devem evitar espaços
fechados, lotados ou que envolvem contato próximo com outras pessoas, bem como
lavar as mãos com frequência. Essas medidas são especialmente importantes agora
que entramos no período de festas de fim de ano, quando as comunidades se
reúnem para marcar as celebrações religiosas e gerações de famílias se
encontram para dar graças.
Este não é o momento de realizar
nenhum grande encontro. Mesmo as reuniões menores, dentro de casa, podem ser
especialmente arriscadas porque reúnem grupos de pessoas, jovens e idosas, de
diferentes famílias, que podem não estar aderindo às mesmas medidas de
prevenção.
Encontros devem ser realizados ao ar livre sempre que possível e os
participantes devem usar máscaras e manter distância física. Se for em
ambientes fechados, é importante limitar o tamanho do grupo e escolher áreas
bem ventiladas para ajudar a reduzir a exposição.
Outras informações: "OPAS recomenda evitar viagens e grandes reuniões durante
celebrações de fim de ano"
Fonte
de Pesquisa: https://www.paho.org/pt/covid19 + Foto