quarta-feira, 18 de abril de 2018

Atuação do Enfermeiro na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Atuação do Enfermeiro na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica


Considerada a sexta causa de morte no Brasil e a terceira causa de internação hospitalar, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) acomete 15,8% da população na região metropolitana de São Paulo e associa-se, principalmente, ao hábito de fumar cigarros.
Apesar de acometer predominantemente os pulmões, a DPOC frequentemente causa manifestações em outros órgãos e sistemas. É caracterizada por limitação do fluxo aéreo não totalmente reversível, progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases nocivos.
Quanto ao processo inflamatório crônico, pode produzir modificações dos brônquios (bronquite crônica) e causar destruição do parênquima pulmonar (enfisema), com consequente redução de sua elasticidade. A presença dessas alterações é variável em cada indivíduo e determina os sintomas da enfermidade.
A bronquite crônica, definida clinicamente como tosse produtiva durante três meses em dois sucessivos anos em pacientes sem outras causas de tosse crônica, e o enfisema, definido em termos histopatológicos como dilatação dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais com destruição das paredes e sem fibrose, são os representantes deste grupo de doenças. Nos pacientes com DPOC, frequentemente, as duas condições coexistem em proporções difíceis de serem determinadas.
A asma difere da DPOC na sua patogenia e resposta terapêutica, estando fora deste grupo, mesmo se sabendo que alguns pacientes chegam a desenvolver obstruções irreversíveis ao fluxo aéreo semelhantes aos portadores de DPOC. Contudo, alguns pacientes podem apresentar ambas as doenças, caracterizando-se funcionalmente pela persistência de limitação crônica ao fluxo aéreo e grande resposta aos broncodilatadores, além de ampla variabilidade do grau de obstrução.
Outras doenças, como bronquiectasias, fibrose cística e sequelas de tuberculose, não se incluem na definição de DPOC, mesmo com comportamento funcional parecido.

SINAIS, SINTOMAS E CARACTERÍSTICAS DA DPOC

  • Tosse crônica.
  • Produção de expectoração e dispneia ao esforço.
  • Hipersecreção de muco.
  • Contração da musculatura lisa das vias aéreas.
  • Espessamento da parede brônquica.
  • Perda de retração elástica e destruição alveolar levam à limitação do fluxo aéreo.
  • Inadequação da relação ventilação-perfusão e à hiperinsuflação pulmonar.
  • Baqueteamento digital.
  • Dispneia aos pequenos esforços e posição de “tripé”.

FATORES DE RISCO

  • Fumaça do cigarro.
  • Poeiras ocupacionais.
  • Irritantes químicos.
  • Poluição ambiental.
  • Baixa condição socioeconômica e infecções respiratórias graves na infância.

TRATAMENTO

Objetiva prevenir a progressão da doença, aliviar sintomas, melhorar a tolerância ao exercício, melhorar a qualidade de vida, prevenir e tratar as complicações, as agudizações e os efeitos colaterais pelo próprio tratamento; reduzir a mortalidade. Três medidas apresentam maior impacto nesses objetivos: cessar o tabagismo, a reabilitação pulmonar e vacinação.
A reabilitação pulmonar é um programa multiprofissional de cuidados ao paciente para atingir a autonomia, o desempenho físico e social, por meio de atividades fisioterápicas, nutricionais, recondicionamento físico, apoio psicossocial e educação, adaptados às necessidades individuais.
A vacinação anual contra a gripe tem forte impacto na redução da morbimortalidade da DPOC; recomenda-se também a vacinação antipneumocócica polivalente 23, a cada cinco anos, para diminuir as exacerbações.
O tratamento farmacológico da DPOC estável é composto por broncodilatatores inalatórios de longa duração, corticoides inalatórios e oxigenioterapia. Broncodilatadores são medicações sintomáticas, podendo ser usadas, se necessário, nos pacientes com sintomas eventuais ou como terapêutica de manutenção naqueles com sintomas persistentes.
O uso de corticoides por via inalatória tem se mostrado benéfico no DPOC estável com Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1) < 50% e com agudizações frequentes (em média de três ou mais exacerbações por ano); os corticoides sistêmicos (oral ou parenteral) não devem ser usados na DPOC estável e os corticoides de depósitos não são recomendados. Reserva-se a utilização de corticosteroides não inalatórios, durante curtos períodos, para os casos combinados de asma com DPOC ou exacerbações mais graves.
Tabela 1. DPOC Estadiamento
Tabela 2. Características da DPOC e da asma
Tabela 3. Tratamento da DPOC

PAPEL DO ENFERMEIRO

Cabe ao enfermeiro diagnosticar problemas de enfermagem e propor intervenções, centradas na relação terapêutica, como forma de garantir o autocuidado do cliente e manutenção eficaz do regime terapêutico, em que haja a adoção de um estilo de vida mais saudável por meio do exercício físico, da alimentação saudável e da cessação tabágica.
O enfermeiro é fundamental na elaboração de programas de reabilitação, sua implementação e orientação das equipes de reabilitação. De fato, estes programas, aumentam a qualidade de vida dos pacientes, diminuem a morbidade e reinternamentos. A manutenção do plano de cuidados instituídos na alta hospitalar passa por uma correta articulação dos enfermeiros com os cuidadores e com a equipe de saúde da família do território.
Contudo, a prevenção da doença é a prioridade do enfermeiro, sobretudo quando falamos de intervenções de educação para a saúde da população em risco, especialmente grupos jovens. O enfermeiro desenvolve as suas atividades em unidades básicas de saúde, ambulatórios, domicílio, serviços de internamento, cuidados continuados e paliativos.
Vamos agora aplicar o conhecimento que adquirimos? Baseado(a) em nosso artigo, quais os diagnósticos de enfermagem você considera que sejam prioritários em pacientes com DPOC? E os principais cuidados? Deixe seus comentários em nosso post!

REFERÊNCIAS
DIEZ, M.T. O Papel do Enfermeiro na Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica – DPOC. Ordem dos Enf. CDR-Sul; 14(11):1-2, 2012.
HERDMAN, H.T.; KAMITSURU, R.N.S. Diagnósticos de Enfermagem da Nanda- Definições e Classificação 2015-2017.10ª Ed. Artmed, 2015.
IUNES-FILHO, J. L. I. et al. Doença pulmonar obstrutiva crônica. Editorial Mor. Jr.; 24(06):64-68, 2006.
SOUSA, C. A. et al. Doença pulmonar obstrutiva crônica e fatores associados em São Paulo, Rev. Saúde Pública, sn(sn):1-10, 2011.
Fonte: http://www.enfermeiroaprendiz.com.br/atuacao-do-enfermeiro-na-doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica/


Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino voltada para o Parto

Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino voltada para o Parto


Para uma compreensão mais ampla a respeito da mecânica do parto, nada melhor que uma breve revisão sobre a anatomia e fisiologia do sistema reprodutor feminino, formado por órgãos internos e externos, como mostra a imagem abaixo:

Anatomia da Pelve Feminina

O sistema reprodutivo feminino desempenha a função de produção da prole. Nas mulheres, os órgãos reprodutivos internos consistem de vagina, útero, tubas uterinas e ovários. Essas estruturas desenvolvem-se e desempenham funções de acordo com as influências hormonais específicas, influenciando na fertilidade e no ciclo gravídico.
A vagina é um canal músculo-membranoso com grande capacidade de distensão, sendo um órgão fibromuscular tubular, revestido por uma mucosa sobre uma série de pregas transversas denominadas rugas, as mesmas permitem a dilatação externa do canal durante o trabalho de parto e o nascimento.
útero é um órgão muscular em forma de pera que se situa na parte superior da vagina. É o local da implantação de um ovo fertilizado, do desenvolvimento do feto durante a gravidez e do trabalho de parto, medindo antes da primeira gravidez 7,5 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2,5 cm de espessura, e após a menopausa, torna-se menor e sofre atrofia.
As tubas uterinas são estruturas cilíndricas ocas, que se estendem de 5 a 7,5 cm desde as bordas superiores do útero em direção aos ovários. Transportam o óvulo do ovário até o útero e os espermatozóides do útero em direção ao óvulo. Esse movimento ocorre por meio da ação ciliar e peristalse. Se houver espermatozóide ou inseminação artificial, pode ocorrer a fertilização do óvulo, dividindo-se durante um período de quatro dias, enquanto se movimenta ventralmente, de modo lento, para a tuba uterina e o interior do útero.
Os ovários são um par de glândulas semelhantes a amêndoas sem casca. Eles ligam o sistema reprodutivo ao sistema de glândula endócrinas do organismo, à medida que produzem os óvulos e secretam, de modo cíclico, os hormônios femininos estrogênio e progesterona, assim, após o seu amadurecimento o óvulo vai para as tubas uterinas.
parto é considerado um período relativamente curto, onde começa com a primeira contração uterina, continua com horas de esforço durante o período de dilatação cervical e termina com o nascimento do recém-nascido.
O assoalho pélvico é composto pelos diafragmas pélvico e urogenital e pela fáscia endopélvica.3 O diafragma pélvico localiza-se superiormente ao diafragma urogenital, é constituído pelos músculos levantador do ânus e isquiococcígeo, com suas respectivas fáscias. O músculo levantador do ânus é uma lâmina muscular composta pelos feixes puborretal, pubococcígeo e ileococcígeo.
O músculo isquiococcígeo tem forma de leque e auxilia o levantador do ânus com suas funções de sustentar as vísceras pélvicas e no ato de defecar. O diafragma pélvico não fecha totalmente a pelve, pois em sua porção medial há um espaço ovalado, denominado hiato urogenital, pelo qual passam a uretra, a vagina e o reto (Figuras 1 e 2).
O diafragma urogenital encontra-se logo abaixo do diafragma pélvico, mais precisamente inferior ao hiato urogenital; é formado pelo músculo transverso superficial do períneo e por suas fáscias superior e inferior e pelos músculos bulboesponjoso, isquiocavernoso e esfíncter externo do ânus (Figura 3).
Figura 1. Músculo da abertura inferior da pelve: visão superior (A) e visão inferior (B).
Figura 2. Vista esquemática do diafragma pélvico
Figura 3. Representação esquemática do diafragma urogenital.
A bacia ou pelve é dividida em pelve maior e pelve menor, separadas pela linha terminal, uma margem óssea encurvada que vai do promontório (articulação da 5ª vértebra lombar com a 1ª sacral) até a margem superior da sínfise púbica. Assim, a linha terminal delimita a abertura superior da pelve menor, ou bacia obstétrica.
A pelve é constituída por quatro ossos que possuem uma forma anelar e através dos quais o peso do corpo é transmitido para os membros inferiores: o sacro, localizado na região posterior; o cóccix, que juntamente com o sacro forma a parte inferior da coluna vertebral; e os dois ossos ilíacos laterais. Esses ossos articulam-se por meio de três articulações (sínfises púbica, sacroilíaca e sacrococcígea). No estudo dos diâmetros da bacia, a pelve é considerada dividida em bacia maior e menor (obstétrica).
Do ponto de vista obstétrico, para a avaliação da via de parto é necessário apenas o conhecimento das dimensões da bacia menor. A bacia maior é limitada lateralmente pelas fossas ilíacas internas e posteriormente pela coluna vertebral. O limite anterior se faz com os músculos da parede anterior do abdome. No estudo da bacia maior, consideram-se os diâmetros transverso e ântero-posterior.
A bacia menor é também denominada escava, escavação ou bacia obstétrica. Didaticamente, ela é dividida nos estreitos superior, médio e inferior e consideram-se seus respectivos diâmetros (Figura 4).
Figura 4. Pelvimetria dos principais diâmetros da bacia maior (A) e da bacia obstétrica (B).
Segundo Caldwell e Moloy (1933), há quatro tipos de bacia, classificadas com base na forma do estreito superior: ginecoide, antropoide, androide e platipeloide (Figura 5). As diferenças entre eles estão expressas na Tabela I.
Figura 5. Tipos de bacia: ginecoide, androide, platipeloide e antropoide.
Ficou interessado em saber a respeito da fisiologia do parto? Clique no link abaixo e continue com o próximo artigo Fisiologia do Trabalho de Parto!

REFERÊNCIAS
Gravidez, parto e nascimento com saúde, qualidade de via e bem-estar. Brasília – DF, 2013.
Marque, FC. Dias, IMV. Azevedo, L. A percepção da equipe de enfermagem sobre humanização do parto e nascimento. Esc Anna Nery R Enferm 2006 dez; 10 (3): 439 - 47.

Fonte: http://www.enfermeiroaprendiz.com.br/anatomia-do-sistema-reprodutor-feminino-voltada-para-o-parto/


Trabalho de Parto Prolongado: Conhecendo Algumas Distócias

Trabalho de Parto Prolongado: Conhecendo Algumas Distócias


No texto de hoje, que tal conhecermos alguns tipos de distócias? Ouvimos e lemos alguns textos sobre a fisiologia do parto, sua mecânica, mas agora, vamos identificar algumas distócias. Sem delongas, vamos lá!
Sabe-se que o trabalho de parto obstruídoé aquele em que apesar de haver contrações uterinas fortes o parto não pode progredir devido a fatores mecânicos. O Trabalho de Parto Obstruído é uma das causas de aumento de morbimortalidade materna e peri-natal.1
Já, se as contrações forem ineficientes e tiver sido excluído o diagnóstico de desproporção céfalo-pélvica e de obstrução, a causa mais provável do trabalho de parto prolongado é uma atividade uterina inadequada, distócia mecânica. As contrações ineficientes são menos comuns em multíparas. Portanto, todos os esforços devem ser feitos para excluir desproporção numa multípara antes de aumentar a atividade uterina com ocitocina.1
Vamos percorrer sucintamente em alguns temas para entender melhor o que é uma distócia!

Tipos de Distócia

Quando o parto transcorre com alguma anormalidade denominamos este parto como distócico. A palavra distócia tem origem inglesa e significa perturbação ou dificuldade do parto (dis= perturbação/dificuldade; tokos= parto). Nestes casos, as distócias são determinadas por fatores que podem acelerar ou retardar o parto; podem ser decorrentes de um fator ou de fa­tores associados. Entre estes estão os uterinos, os pélvicos, os placentários, os fetais, os de líquido amniótico ou os de cordão umbilical.2
A mortalidade e morbidade materna estão estreitamente ligadas às distó­cias e aos sangramentos da segunda metade de gestação, durante o proces­so de parto. As quatro principais causas de morte materna são: Hiperten­são materna, hemorragias, infecção puerperal e complicações do aborto. Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2007), 98% das mortes maternas poderiam ser evitadas e a qualidade da assistência prestada tem um gran­de impacto na diminuição de mortes evitáveis.2

Distócias Maternas

Distócia funcional: Este termo refere-se à disfunção das contrações uteri­nas impedindo a progressão do trabalho de parto que é determinada por força primária (dificuldade, apagamento, e dilatação do colo uterino) ou secundária (descida fetal). A disfunção uterina é classificada como hiper­tônica e hipotônica.
A mais comum é a disfunção hipotônica quando as contrações tem curta duração, com pouca frequência, irregulares e de baixa intensidade. Geral­mente, o trabalho de parto progride até a fase ativa; após a fase ativa, as contrações uterinas tornam-se ineficazes. As causas mais comuns para esta anormalidade são: desproporção céfalo­-pélvica (DCP), posição fetal anômala e a distensão intensa do útero.
As contrações uterinas hipertônicas são exatamente o oposto das hipotôni­cas; caracterizam-se por contrações dolorosas, descoordenadas e frequen­tes. Você pode pensar, já que temos muita contração, o parto será mais rápido? Não! Porque geralmente essa disfunção ocorre na fase latente do trabalho de parto, ou seja, com menos de 4 cm de dilatação do colo uterino.
A hipertonia uterina leva à exaustão e aumenta o risco de sofrimento fetal (hipóxia), já que não há um completo relaxamento entre uma contração e outra, além de aumentar o risco de descolamento prematuro de placenta (DPP), infecção e hemorragia pós-parto. O reparo desta disfunção geralmen­te faz-se com analgésicos efetivos como os opióides (morfina e meperidina).
distócia de trajeto envolve a parte dura (ossos ilíacos, sacro e cóccix com suas articulações) e a parte mole (segmento inferior do útero, colo uterino, vagina e região – vulvo perineal). O tipo de pelve e seus diâmetros influen­ciam na progressão do trabalho de parto e na acomodação do feto. Veja abaixo a ilustração dos diâmetros e tipos de bacia.2
Diâmetros e tipos de bacia.
distócia de partes moles pode ser causada por obstrução no trajeto por fibromas uterinos, placenta prévia, tumores, anormalidades de colo uterino, vagina e vulva, como por exemplo, um cancro, edema no canal cervical, anel de re­tração de Bandl, bexiga e reto cheios.

Distócias fetais

A distócia fetal está relacionada com: apresentação fetal, apresentação composta ou pélvica, volume fetal (nas macrossomias) ou volume parcial (nas hidrocefalias e tumores fetais). A situação do feto também influencia no decorrer do trabalho de parto, por exemplo, nas situações transversas ou oblíquas e de atitude, sendo as atitudes defletidas as mais dificultosas na ultimação do parto.
A apresentação pélvica leva ao prolongamento do trabalho de parto devido às nádegas não serem tão eficientes no auxilio a dilatação. Ocorre com maior frequência nos partos prematuros. Neste tipo de apresentação a di­latação é suficiente para passagem das nádegas o que nem sempre é efi­ciente para a passagem da cabeça, ocorrendo o encarceramento da cabeça, o que chamamos de cabeça derradeira que deve ser resolvida com fórcipe Piper.
Outra complicação frequente na apresentação pélvica é a presença de mecônio, devido à pressão abdominal exercida no feto. Atitude fetal é a relação das diversas partes do feto entre si. Geralmente o nascimento se dá em atitude fletida; significa que o mento aproxima-se do esterno. As distócias geralmente ocorrem nas atitudes defletidas, onde a cabeça está em uma posição exatamente oposta à fletida. Tais atitudes são classificadas como:
Defletida de primeiro grau (quando o ponto de referência é o bregma).
Defletida de segundo grau (quando o ponto de referência é a gla­bela).
Defletida de terceiro grau (quando o ponto de referência é o men­to).
Fetos em atitudes defletidas de segundo grau não nascem de parto normal devido à incompatibilidade entre o diâmetro cefálico e a bacia materna.
Distócia feto-anexial
As normalidades do cordão umbilical são identificadas antes do nascimen­to e no momento do nascimento. Antes do nascimento é possível detectar cordões curtos, excessivamente longos e implantação anormal do cordão; no momento do nascimento é possível detectar o prolapso de cordão. Tais detecções são realizadas pelo médico ou enfermeiro obstetra.
O cordão curto pode prejudicar a descida da apresentação, prolongando o trabalho de parto. Pode ainda favorecer apresentações anômalas, o desco­lamento prematuro de placenta, a ruptura de cordão, assim como a inver­são uterina. O cordão excessivamente longo pode ocasionar seu prolapso, além de fa­vorecer as circulares de cordão levando à compressão do mesmo que pode resultar em sofrimento fetal por hipóxia.
O prolapso de cordão ocorre quando o cordão apresenta-se além da apre­sentação do feto. A amniorrexe prematura favorece a descida do cordão quando a apresentação fetal não está encaixada. Nas apresentações pél­vicas e córmicas esse acometimento também é favorecido, assim como nas implantações baixas de placenta, inserção velamentosa de cordão, po­lidrâmnio, gemelaridade e prematuridade, ou seja, na maioria das vezes a apresentação não consegue preencher o segmento inferior do útero.
O prolapso pode ser percebido no toque vaginal. Na inserção velamentosa os vasos do cordão inserem-se nas membranas e não no disco placentário. O risco de morte fetal é grande devido a maior facilidade de rompimento das membranas e vasos causando hemorragia entre o âmnio e o cório.2
Tabela 1. Cuidados de enfermagem na prevenção e detecção de distó­cias.
>  Proporcionar a presença do acompanhante da preferência da mu­lher.
>  Orientar sobre o plano terapêutico e evolução do processo de traba­lho de parto.
>  Orientar previamente sobre procedimentos invasivos.
>  Promover conforto através de métodos relaxantes e não invasivos (massagem, mudança de decúbito, deambulação, banho de chuvei­ro, higiene perineal).
>  Orientar a realização de exercícios respiratórios e de relaxamento.
>  Promover diálogo.
>  Verificar sinais vitais com frequência, e quando identificar anorma­lidades tomar providências o mais rápido possível.
>  Monitorar batimento cardíaco fetal (BCF).
>  Monitorar dinâmica uterina (DU).
>  Avaliar perda vaginal, como sangramento, líquido amniótico meco­nial.
>  Controlar hidratação e diurese.
>  Atentar para todas as queixas da parturiente.
>  Realizar cuidados com acesso venoso e qualquer outro dispositivo que seja necessário.
>  Realizar o preparo da parturiente para cesariana, quando for neces­sário.
Como mencionado anteriormente, tais cuidados tornam-se necessários diante dos diversos casos de distócias durante o parto normal. Dessa maneira, observa-se a importância do embasamento científico do enfermeiro com o intuito de deixa-lo mais capacitado e seguro para as suas tomadas de decisões.
Isto é, o enfermeiro é um profissional habilitado e treinado para tomar decisões baseadas cientificamente e mediante sua experiência cotidiana, tornando-o autônomo para decisões importantes e delicadas nos momentos em que o profissional estiver ausente.
O diagnóstico de distócia implica a distinção entre progressão normal ou anormal do TP sendo universalmente aconselhado o recurso ao partograma. O partograma auxilia na detecção precoce de progresso anormal do trabalho de parto e é, segundo os autores, responsável por taxas decrescentes de TP prolongado, do uso de ocitocina, cesarianas, e/ou morbidade e mortalidade intraparto. Contudo muitos trabalhos de parto descritos como distócicos, de acordo com o partograma, resultam num parto normal.3
Friedman (1954, 1955) introduziu pela primeira vez o partograma e a divisão do TP em diferentes estádios e fases. O partograma permite a representação da curva do trabalho de parto através da relação entre a dilatação cervical, no eixo do x, e o tempo, no eixo do y. A distócia é a indicação mais frequentemente reportada para a realização de cesarianas primárias, e indiretamente responsável pela maioria das cesarianas repetidas.3
O Trabalho de Parto distócico não é diagnóstico, mas sim sinal de anormalidade cuja causa deve ser procurada antes de instituir o tratamento adequado. A identificação das distócias é feita pela observação da curva de dilatação cervical e da descida da apresentação expressas no Partograma.4 O partograma é uma representação gráfica e objetiva do trabalho de parto. Mostra, entre outros dados, a evolução da dilatação do colo e a descida da apresentação, associando dois elementos fundamentais na qualidade da assistência ao parto.5
distócia de ombros constitui-se no parto que necessita de manobras obstétricas adicionais, após falência da tração da cabeça fetal para liberar os ombros; entretanto, para Spong, representa intervalo superior a 60 segundos entre a saída da cabeça e a liberação do corpo e/ou a necessidade de utilização de manobras obstétricas auxiliares.6
Tem sido classicamente definida quando há necessidade de manobras adicionais para o desprendimento dos ombros ou quando o intervalo entre a saída da cabeça e a saída do corpo é maior do que 60 segundos. A distócia de ombro é considerada um evento imprevisível.Sua incidência é variável, de 0,3% em fetos de 2500 a 4000g; 5,0 a 7,0% em fetos de 4000 a 4500g; Cerca de 50% ocorrem em fetos de peso normal.6
Tabela 2 - Fatores de risco para a ocorrência de distócia de ombro.
>  Episódio anterior de distócia de ombro
>  Diabetes gestacional
>  Pós-datismo
>  Macrossomia fetal
>  Baixa estatura materna
>  Ganho de peso materno excessivo durante o pré-natal
>  Pelves anômalas
>  Primeiro (fase de dilatação) e/ou segundo (fase de descida) períodos
>  prolongados
>  Uso de fórcipe ou vácuo-extrator
As complicações dividem-se em: 1. Maternas: traumas e lacerações perineais; hemorragias pós-parto, atonia uterina, ruptura uterina; diástase de sínfise púbica e 2. Fetais: lesões de plexo braquial; fraturas de clavícula e úmero; hipóxia fetal. Seu diagnóstico se dá quando da saída do pólo cefálico, este se retrai contra o períneo (Sinal da Tartaruga ou cabeça encravada) e não se consegue desprender as espáduas, pelas manobras habituais, após um tempo igual ou maior do que 60 segundos.6
A distócia de ombro se associa com aumento do risco de complicações maternas e perinatais, decorrentes dos tocotraumatismos e da asfixia. Destaca-se com maior frequência o risco de lesão do plexo braquial levando a paralisia de Erb, que ocorre em 2,3 a 16% dos partos complicados por essa distocia. Mesmo sem nenhuma iatrogenia, e com as manobras sendo realizadas corretamente, a lesão do plexo braquial pode ocorrer.8
Minimiza-se a possibilidade de sua ocorrência evitando tração excessiva do pólo cefálico e pressão no fundo uterino, mas a lesão pode estar associada à distócia em si, e não às manobras para sua resolução. Existe, inclusive, a possibilidade de ocorrência de lesão de plexo braquial mesmo sem distócia diagnosticada. Outros traumatismos neonatais podem acontecer, incluindo dano neurológico permanente e morte neonatal.8
Nesta situação, nunca exercer força em excesso à cabeça ou pescoço fetal e evitar aplicar pressões sobre o fundo uterino. Estes procedimentos causarão lesões maternas e/ou fetais e desperdiçarão um tempo valioso. Sempre manter a calma! Em fetos não comprometidos, com trabalho de parto normal, transcorrerão sete minutos antes que o pH do cordão alcance um nível de risco, tempo suficiente para realizarmos as manobras sem intempestividade.
Notou-se que essa temática está correlacionada também a processos judicias por parte dos clientes devido aos agravos decorrentes dos riscos que esse tipo de ocorrência pode causar. Observou-se paralelamente a importância que o partograma tem para o melhor seguimento da assistência materno-infantil, auxiliando na redução de danos maternos, como por exemplo com o uso da episiorrafia, diminuição dos danos neonatais, como fraturas e luxações durante o parto e a atenuação dos processos médico-legais direcionados aos profissionais da saúde, tanto enfermeiros quanto médicos.

REFERÊNCIAS
Parto, Aborto e Puerpério. Assistência Humanizada à Mulher. Ministério da Saúde. FEBRASGO, ABENFO. Brasília, 2001.
Corrêa, E. Exner, SR. Ramos, VP. Enfermeiras obstétricas no parto sem distócia, hospitalar e/ou domiciliar: um estudo comparativo. UniFil. Londrina - 2012.
Fernandes, JS.Fortunato, S. Pinto, JC. Fisiologia do sistema reprodutor feminino. Universidade do Minho.
Fogaça, VD. Schneck, CA. Riesco, MLG. Intervenções obstétricas no trabalho de parto em mulheres submetidas à cesariana.
Obstetrícia. Unidade 6 – capítulo 8.
Enfermagem na atenção à saúde da mulher e da criança: parto e nascimento. Saúde materna, neonatal e do lactente.
Amorim MMR, Duarte AC, Andreucci CB, Knobel R, Takemoto ML. Distocia de ombro: proposta de um novo algorítmo para conduta em partos em posições não supinas. FEMINA | Maio/Junho 2013 | vol 41 | nº 3.
Reflexões sobre a assistência de enfermagem prestada à parturiente. Velho MB, OliveiraI ME, Evanguelia Kotzias Atherino dos Santos EKA. Rev Bras Enferm, Brasília 2010 jul-ago; 63(4): 652-9.
Fonte: http://www.enfermeiroaprendiz.com.br/trabalho-de-parto-prolongado-conhecendo-algumas-distocias/


Assistência de Enfermagem às Síndromes Hemorrágicas da Segunda Metade da Gestação

Assistência de Enfermagem às Síndromes Hemorrágicas da Segunda Metade da Gestação


Vamos falar um pouco sobre um tema recorrente entre os profissionais de saúde em maternidades, centros obstétricos e em unidades básicas de saúde, as Síndromes Hemorrágicas na Gestação. Organizamos as síndromes de acordo com o período de tempo em que as encontramos durante a gestação. Por isso, as dividimos em Síndromes Hemorrágicas na Primeira Metade da Gestação e na Segunda Metade da Gestação. Nas imagens abaixo observamos as principais situações hemorrágicas.
Sabe-se que nem todo sangramento é sinônimo de preocupação para as gestantes, mas, ao conversar com uma delas e ouvir seus relatos, logo percebemos que esta ocorrência é sim bastante preocupante e a depender de sua recorrência e volume de sangue perdido torna-se até desesperador para elas e seus familiares.
Para isso, precisamos, enquanto profissionais de saúde, ter incialmente alguns critérios inerentes a nossa profissão como segurança, embasamento teórico e técnico e sem sombra de dúvidas amor pelo o que se faz.
Segurança, pois, ao nos imaginar diante de uma gestante sangrando ou com relatos de sangramento precisamos ter segurança nos nossos conhecimentos técnicos e em nossa experiência do dia a dia para transferi-la para tal fazendo-a sentir-se confiante de que receberá os melhores cuidados.
Este artigo nos traz sucintamente algumas especificidades das principais síndromes hemorrágicas da segunda metade da gestação e, para isso, é inevitável não falarmos um pouco sobre gestação. Então, vamos lá!
A gestação é um fenômeno fi­siológico e deve ser vista pelas gestantes e equipes de saúde como parte de uma experiência de vida saudável envolvendo mudanças dinâmicas do ponto de vista físico, social e emocional. Entretanto, trata-se de uma situação limítrofe que pode implicar riscos tanto para a mãe quanto para o feto e há um determinado número de gestantes que, por características particulares, apresentam maior probabilidade de evolução desfavorável, são as chamadas “gestantes de alto risco”.¹
Entende-se por Gestação de Alto Risco “aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada”.¹  No mundo, a cada ano, ocorrem 120 milhões de gravidezes, entre as quais mais de meio milhão de mulheres morrem em consequência de complicações, durante a gravidez ou o parto, e mais de 50 milhões sofrem enfermidades ou incapacidades sérias relacionadas à gravidez.²
A razão da mortalidade materna no Brasil, segundo o Ministério da Saúde (MS), em 2002, foi de 50,3 por cem mil nascidos vivos. A região Nordeste teve o maior índice 60,8, seguida da região Centro-Oeste com 60,3, região Sul com 56,6 e Norte com 53,2; o menor índice foi encontrado na região Sudeste, com 45,9.²
Durante o processo gestacional, algumas mulheres têm maiores chances de apresentar agravos ou complicações de patologias preexistentes. Essas situações podem redundar em perdas fetais e/ou morte materna, por causas diretas ou indiretas.3
O óbito materno permanece sendo um grave problema de saúde pública em nosso país, com as consequências sociais que a morte dessas mulheres ocasiona. Segundo o Ministério da Saúde (2003), a razão de mortalidade materna corrigida no Brasil é de 72,4 por 100.000 nascidos vivos e a doença hipertensiva segue como a principal causa desses óbitos.3
Dentre os óbitos analisados, as causas obstétricas diretas (decorrentes de doenças específicas do ciclo gravídico puerperal) representaram 85,36% dos casos analisados, sendo também a hipertensão arterial a principal causa de morte materna, seguida pela hemorragia puerperal, a infecção e o abortamento; estas três últimas repetem-se há uma década.3
Com o objetivo de diminuir este desfecho é necessário maior monitoramento e controle dos fatores de risco perinatais desde o pré-natal. Em alguns casos, a internação da gestante é necessária para a vigilância diária e instituição de tratamento.3
Sabe-se que uma assistência de qualidade durante o pré-natal exerce uma redução significativa dos riscos maternos durante e após a gestação bem como dos riscos neonatais.²
As hemorragias na segunda metade da gestação constituem-se em frequentes diagnósticos em obstetrícia. São uma das principais causas de internação de gestantes no período anteparto, com importante aumento da morbimortalidade materna e perinatal, assim como de partos operatórios. A morbimortalidade perinatal está relacionada principalmente aos altos índices de prematuridade. Várias são as possíveis causas de sangramento.³
Entre as causas obstétricas, as mais importantes são o descolamento prematuro de placenta e a placenta prévia, que correspondem a até 50% dos diagnósticos. Não podem ser esquecidas a rotura uterina e a rotura da vasa prévia, que também são importantes causas obstétricas. Entre as causas não obstétricas, pode ocorrer o sangramento proveniente do colo do útero durante a dilatação no trabalho de parto, cervicites, pólipo endocervical, ectrópio, câncer de colo de útero e trauma vaginal.³
Os prognósticos materno e fetal vão depender do diagnóstico correto da causa do sangramento e conduta adequada com base nesse diagnóstico.³ A hemorragia no terceiro trimestre da gestação é grave ameaça à saúde e vida da mãe e feto. Junto com hipertensão e infecção são responsáveis pela maioria das mortes maternas.4 As principais causas de hemorragia com risco de vida são: placenta prévia, descolamento prematuro de placenta, rotura uterina e rotura de vasa prévia.5
Em relação aos fatores predisponentes, nota-se que o estilo de vida das mulheres que foram submetidas a estudos é uma questão bastante relevante. Sendo comprovado pela presença dos estados hipertensivos, cuja promoção e prevenção do mesmo é bastante trabalhado dentro da atenção básica, no entanto, ainda continua sendo um impasse que perpassa da atenção primária até a atenção terciária.
Tendo em vista, de acordo com as características particulares de cada região do Brasil, a baixa adesão às atividades que são propostas pelas unidades básicas de saúde ou falta delas deixam que problemas iniciais sejam complicados, levando esses pacientes a passarem por todos os níveis de atenção em saúde. Inclui-se também o uso de drogas ilícitas ou não por algumas clientes, que por sua vez, interferem negativamente no processo de saúde.
Por isso, se observa a importância de se trabalhar antes do pré-natal, o nível de conhecimento e de saúde das gestantes, objetivando uma melhor assistência à saúde da mulher e à redução de danos a ela e ao seu recém-nato. A idade avançada também é outro fator que predispõe às síndromes pela mudança de realidade das mulheres atuais quando comparamos às mulheres há décadas.
Ressalta-se, portanto, a relevância embutida durante todo o acompanhamento pré-natal objetivando atenuar os riscos encontrados desde o diagnóstico de gravidez como durante o período gravídico. Uma assistência pré-natal com qualidade baseia-se na coleta de dados de forma precisa e em tempo oportuno para a identificação de possíveis intercorrências durante o trabalho de parto e parto.
Após a identificação desses prováveis riscos, salienta-se também a importância da qualificação dos profissionais que prestarão assistência direta a essas gestantes. Feito isto, a qualificação de profissionais também é um fator relevante no manejo adequado dessas gestantes, favorecendo, por sua vez, a redução da morbimortalidade materno-neonatal.
Observa-se que com o emponderamento por parte das mulheres/gestantes/parturientes quanto as questões relacionadas a sua vida profissional e maternal nem todas querem os mesmos caminhos. Mesmo assim, enquanto cidadãos e profissionais manifestamos nosso respeito diante de suas escolhas para melhor compreensão de sua realidade para assim expormos nosso planejamento estratégico situacional.
Viu-se também que a fisiologia também é outra questão a ser considerada, como o desgaste da musculatura uterina com a multiparidade, a ruptura prematura de membranas ovulares, a presença ou não de uma cicatriz uterina prévia.
Pensando nisso, aqui está o Fluxograma 1, que resumidamente traz a conduta diante do Descolamento Prematuro de Placenta e, no Fluxograma 2, a conduta diante de uma Vasa Prévia.
Fluxograma 1 - Conduta no Descolamento Prematuro de Placenta
Fluxograma 2 – Conduta na Vasa Prévia
# Finalizando                     
Portanto, a necessidade de procedimentos operacionais utilizados no cotidiano da equipe de enfermagem nas maternidades e centros obstétricos com o intuito de melhorar e aprimorar a assistência de urgência e emergência às síndromes hemorrágicas da gestação. Para isso, sabe-se que esse interesse na integralidade às gestantes inicia-se no acompanhamento pré-natal de qualidade objetivando a redução na morbimortalidade materna e neonatal.
Percebemos assim, a relevância de protocolos de enfermagem em obstetrícia para uma melhor assistência durante o ciclo gravídico-puerperal que facilitasse a conduta dos profissionais, bem como oportunizasse e viabilizasse uma melhora clínica na assistência à saúde da mulher.
Vimos também, a marcante presença de tais síndromes no cotidiano dos profissionais de saúde e a vivência de mulheres com a sintomatologia que o quadro clínico das síndromes hemorrágicas causam nas mesmas. Dessa maneira, enfatiza-se a importância de mais pesquisas voltadas a esta temática, bem como o incentivo para os enfermeiros obstetras em atualizarem-se para sua qualificação profissional e consequente assistência.

REFERÊNCIAS
Souza JA, Silva MCB, Barbosa MN. Vivência acadêmica na consulta de enfermagem com gestantes de risco: um relato de experiência. RAI. RUM., VOL. 02 Nº 01, 112 - 155, RIO DE JANEIRO, JUN., 2014.
Cunha MA, Dotto LMG, Mamede MV, Mamede FV. Assistência pré-natal: competências essenciais desempenhadas por enfermeiros. Esc Anna Nery Rev Enferm 2009 jan-mar; 13 (1): 00-00.
O Cuidado à Gestante de Alto Risco.
Alves RM, Júnior CAA. Sangramento do terceiro trimestre.
Gestação de Alto Risco Manual Técnico. 5ª edição. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília – DF. 2012.
Fonte: http://www.enfermeiroaprendiz.com.br/assistencia-de-enfermagem-as-sindromes-hemorragicas-da-segunda-metade-da-gestacao/