quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Punção venosa

Punção venosa

PUNÇÃO VENOSA

A punção venosa periférica representa um procedimento invasivo de alta ocorrência no cotidiano dos profissionais de enfermagem.
É um conjunto de ações que visam à administração de fluídos de forma contínua, coleta de sangue, administração de medicamento ou manutenção de uma via de acesso venosa, através da introdução de um cateter num vaso sanguíneo venoso periférico.

PROCEDIMENTO

1. Confira nas prescrições médica e de enfermagem, a indicação de realização do procedimento.
2. Leve a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a na mesa auxiliar.
3. Explique o procedimento ao paciente.
4. Higieniza as mãos
5. Calce as luvas de procedimento
6. Escolha o local de acesso venoso, exponha a área de aplicação e verifique as condições das veias.
7. Garroteie o local a ser puncionado ( em adultos: a aproximadamente 5 a 10 cm do local da punção venosa), a fim de propiciar a dilatação da veia.
8. Faça a antissepsia do local com algodão embebido em álcool 70%, em movimentos circulares, do centro para as extremidades.
9. Mantenha o algodão seco ao alcance das mãos.
10. Tracione a pele para baixo, com o polegar, abaixo do local a ser puncionado.
11. Introduza o cateter venoso na pele, com o bisel voltado para cima, a um ângulo aproximadamente  de 30 a 45º.
12. Uma vez introduzido na pele, direcione o cateter e introduza-o na veia.
13. Abra o cateter e observe o refluxo sanguíneo em seu interior.
14. Solte o garrote.

Para infusão continua de solução (Soro)
A. Antes da punção, conecte o equipo ao frasco de solução e retire o ar do sistema.
B. Conecte a torneirinha, o tudo extensor ou o tubo em Y ao equipo do sistema de infusão.
C. Conecte o sistema ao cateter venoso.
D. Inicie a infusão, no tempo e à velocidade recomendados. Calculo de gotejamento

Para administração de medicamento
A. Conecte a seringa que contém o medicamento ao cateter venoso.
B. Inicie a infusão, no tempo e à velocidade recomendados.

15. Observe se há sinais de infiltração, extravasamento do líquido infundido ou hematoma no local da punção, além de queixas de dor ou desconforto.
16. Fixe o dispositivo com esparadrapo ou adesivo hipoalergênico.
17. Oriente o paciente sobre os cuidados para manutenção do cateter.
18. Recolha o material e encaminhe os resíduos para o expurgo.
19. Descarte o material perfuro cortante em recipiente adequado.
20. Retire as luvas de procedimento.
21. Higienize as mãos.
22. Faça as anotações de enfermagem quanto à punção, em impresso próprio, especificando o local da punção e o cateter utilizado.

LOCAL PARA PUNÇÃO VENOSA

A primeira escolha para a punção venosa é a fossa cubital por apresentar veias periféricas de maior calibre e melhor visualização, bem utilizada em coleta de exames ou punções de emergências, já não tão bem aproveitadas para a manutenção de acessos periféricos a pacientes com necessidade de longa permanência do acesso, sendo assim devemos nos atentar e conhecer novos e melhores locais de punção seguindo a anatomia circulatória.
Locais possíveis para punções venosas: as ilustrações a seguir mostram as localizações anatômicas de veias que podem ser utilizadas para a punção venosa periférica. Os locais utilizados com maior frequência estão no antebraço, seguidos pelos locais na mão. Tenha em mente que o uso das veias da perna aumenta o risco do paciente para a tromboflebite, e jugulares o risco de punção arterial seguindo por complicações dessa região como gânglios e artérias.

Região cefálica: bastante utilizada em bebês.
Região cervical
Região cefálica
Região dos membros superiores: braço (cefálica e basílica), antebraço (cefálica, cefálico-acessória, basílica, intermediária do antebraço).
A veia basílica começa no dorso da região radiocárpica, cruza a margem medial do antebraço em seu terço distal e situa-se na face anterior. Chega à altura do epicôndilo medial e passa a acompanhar a face medial do braço, seguida pelo nervo cutâneo medial do braço. Perfura a fáscia do braço para terminar numa veia braquial.
A veia cefálica é superficial e corre lateralmente ao membro superior (posição anatômica). Tem uma comunicação com a veia basílica pela veia intermédia do cotovelo e drena para a veia axilar mais medialmente ao trígono clavipeitoral. Essa veia passa entre os músculos deltoide e peitoral maior no braço e muitas vezes são visíveis na pele.
veia basilica

Região da mão: Veia basílica, veia cefálica e veias metacarpianas dorsais.

mão para punção

Região dos membros inferiores (veias de última escolha): Veia safena magna

veias do pé

O CATETER


jelco

Tem um número de acordo com o biótipo do paciente. Os jelcos são dispositivos flexíveis onde à agulha é envolvida por um mandril flexível, após a punção, a agulha é retirada ficando na luz da veia apenas o mandril. São numerados em números pares do 14 (maior e mais calibroso) até o 24(menor e mais fino):

Jelco 14 e 16: Adolescentes e Adultos, cirurgias importantes, sempre que se devem infundir grandes quantidades de líquidos. Inserção mais dolorosa exige veia calibrosa.
Jelco 18: Crianças mais velhas, adolescentes e adultos. Administrar sangue, hemoderivados e outras infusões viscosas. Inserção mais dolorosa exige veia calibrosa.
Jelco 20: Crianças, adolescentes e adultos. Adequado para a maioria das infusões venosas de sangue e outras infusões venosas (hemoderivados).
Jelco 22: Bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial, idosos). Adequado para a maioria das infusões. É mais fácil de inserir em veias pequenas e frágeis, deve ser mantida uma velocidade de infusão menor. Inserção difícil, no caso de pele resistente.
Jelco 24: RN’s, bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial, idosos). Adequado para a maioria das infusões, mas a velocidade de infusão deve ser menor. É ideal para veias muito estreitas, por exemplo, pequenas veias digitais ou veias internas do antebraço em idosos.
jelco

Couro cabeludo

Dispositivo tipo “butterfly” ou “borboleta”, agulhado, mais utilizado para infusões venosas que deverão permanecer por menor tempo, pois, com este tipo de dispositivo a agulha permanece dentro da veia e por ser rígida, caso o paciente movimente o local da inserção, pode lesionar a veia, causando infiltração com edema, o que leva a necessidade da realização de outra punção em outro lugar, pois “perde-se a veia”. Esses dispositivos são numerados em números ímpares do 19 (agulha maior e mais calibrosa) ao 27 (agulha menor e menos calibrosa).
couro cabeludo
Fonte: http://aenfermagem.com.br/materia/puncao-venosa/

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